Uma ilha, uma tempestade, um naufrágio: ingredientes clássicos da viagem utópica.
Ificrato e Eufrosina, acompanhados dos seus criados, Arlequim e Cleanta, naufragam numa ilha que é um refúgio de escravos gregos. Trivelino, governador da ilha, propõe aos dois criados que assumam o papel de seus patrões, a fim de os corrigir do pecado do orgulho e da vaidade. Em suma “um curso de humanidade” com o intuito de os tornar sensíveis à dor que infligiram sobre os seus criados. Os antigos patrões serão convertidos em escravos com vista ao seu arrependimento para assim recuperarem a liberdade.
A Ilha dos Escravos não é apenas uma utopia em teatro, mas exatamente uma utopia do teatro.