Encenação: Gil Salgueiro Nave
Cenografia e Figurinos: Luís Mouro
Sonoplastia: Helder F. Gonçalves
Interpretação: Fernando Landeira, Pedro da Silva, Rui Raposo Costa, Sónia Botelho e Vânia Fernandes
Desenho de luz: Jay Collin
Produção: Teatro das Beiras
Secretariado: Eugénia Nunes
Assessoria de imprensa: Vanessa da Silva
Fotografia: Paulo Nuno Silva
Vídeo: Ivo Silva
Arredores de Lisboa. Um quintal na margem sul. Dois casais, pequenos comerciantes. Gente vulgar! Numa noite de Verão, o insólito. Aparece um corpo estatelado no chão do quintal. Quem será? De onde terá vindo? Como é que veio aqui parar? Pela cor da pele é um africano. Mas também pode ser um brasileiro ou… Provavelmente é uma pessoa! Alguém vindo de longe para inadvertidamente transtornar a quietude de uma noite de Verão num quintal da margem sul. Podia muito bem ter caído ali ao lado, na esplanada do café! Alguém que podia ter ido cair noutro sítio qualquer! Mas logo ali no quintal ao rés da oliveira ! Um estranho e inquietante tema, onde consciências e cumplicidades se confrontam atormentando vidas emocionalmente instáveis onde se cruzam sinais de diferentes identidades e se produzem contraditórios de sociabilidade. Contextos onde se desencadeiam gestos inconscientemente recortados no desrespeito e violência. E tudo isto ao pé de nós, no quintal de um vizinho ou num café de bairro na região da grande Lisboa. “Provavelmente uma pessoa” é um exercício irónico sustentado por uma escrita prenhe de realidade rebuscada em acontecimentos factuais, sob o olhar ora divertido ora trágico de um dos mais representativos dramaturgos portugueses no nosso tempo.