Em meados dos anos 60 do século passado numa aldeia no algarve litoral, quando aqui ainda eram pujantes a faina, a indústria da conserva de peixe e os homens e mulheres viviam do e para o mar. Os turistas encetavam as primeiras incursões ao algarve e tinha já começado a guerra colonial. A peça revela-nos encadeadas sequências de condenações diversas, narradas por uma personagem do tempo dos nossos avós. Fala-se de um outro tempo de uma outra memória. O que a personagem diz é em muitas ocasiões risível, mas é coletivamente trágico; assim como é emmuitas ocasiões trágico, mas coletivamente risível. É a vida!
Ficha técnica
Criação e Interpretação: Luís Vicente | Execução Cénica: Tó Quintas | Participação especial: Jeannine Trévidic | Desenho e operação de Luz: Octávio Oliveira
Duração aproximada do espetáculo: 60 minutosClassificação etária: m/ 14 anos
Paris ocupada pelos alemães. A Gestapo “quer” uma obra de Picasso para uma “vernissage”. Picasso, é levado para um bunker, onde conhece uma atraente loura que está ali em missão secreta: obter a autentica/ção de Picasso em, pelo menos, um de três auto-retratos do artista. Pretende incluir Picasso numa vernissage com obras de Klee, Miró e Leger. Depois de uma apaixonante esgrima verbal entre o artista e a agente, Picasso acaba por assumir os três desenhos, de diferentes períodos da sua vida. Feliz pela missão cumprida e pelo desenrolar da relação entre eles, Fraulein Ficher convida Picasso a sair dali com ela e o pintor indaga onde e quando ocorrerá a exposição? Pela resposta evasiva percebe que se trata afinal de uma manifestação nazi onde se queimarão obras de “arte degenerada”. A reação de Picasso é violenta, passando a negar a autenticidade dos desenhos, com a agente a exigir uma justificação mais plausível. Picasso satisfaz com argumentos a exigência e deixa a loura sem o objetivo final da sua visita: uma obra autenticada. Depois de mais uma luta verbal intensa e estimulante, o artista começa a desenhar a própria Fraulein, continuando o jogo de sedução entre eles. Picasso acaba por destruir o retrato e tenta violá-la. Na luta, ela cospe-lhe no rosto e ele volta ao desenho para tentar captar a raiva da mulher, incentivando-a a despir-se…
Ficha técnica
Tradução: Brian Head | Encenação: Eduardo Tolentino de Araújo (Diretor do Grupo TAPA, fundado em 1979 no Rio de Janeiro) | Elenco: Rui Madeira, Solange Sá | Espaço cénico: Eduardo Tolentino de Araújo | Figurinos: Manuela Bronze |Ambiente sonoro: Pedro Pinto | Criação vídeo: Frederico Bustorff | Desenho de luz: Antonio Simón | Design gráfico e fotografia: Paulo NogueiraDuração aproximada do espetáculo: 60 minutosClassificação etária: m/ 14 anos
Era uma vez três porquinhos, que viviam tranquilamente sem preocupações. Mas, um dia a mãe deixou de ter condições para os manter. Os três porquinhos tiveram, então, de ir procurar a sua sorte. Cada um seguiu por seu caminho. O primeiro decide construir uma casa de palha, o segundo, uma casa de tojos e o terceiro, uma de tijolos. Entretanto, aparece o lobo que, esganado de fome, deita com um sopro a casa de palha abaixo e come o primeiro porquinho. Vai à casa de tojos e, soprando-a, consegue deitá-la por terra, comendo o segundo porquinho. Dirige-se à terceira casa, a de tijolos, tentando, com um valente bufo derrubá-la. Porém, a casa de tijolos era resistente. O lobo empreende, então, três estratagemas para conseguir tirar o porquinho de casa e assim conseguir comê-lo. O porquinho da casa de tijolos não se deixa cair nas artimanhas do lobo, acabando por ser ele a enganá-lo.
Ficha técnica
Dramaturgia e encenação: Luiz Oliveira | Interpretação: Luiz Oliveira, Ricardo Fráguas, Rita Calatré, Vítor FernandesMúsica original e pianista: Ricardo Fráguas | Coreógrafo: Hugo Romano | Bonifrates e figurinos: Susana Morais | Cenógrafo: Xico Alves | Conceção plástica: Fernando Moreira | Desenho de luz: Nuno TomásDuração aproximada do espetáculo: 50 minutos
Classificação etária: m/ 4 anos
Frei Bernardo, inconformado com a ocupação Francesa, Joanico, um sem-abrigo lisboeta protegido pelo frade, Frei Pacheco, batalhador e dinâmico e a cantora de ópera Luísa Todi vivem e relatam-nos episódios das três Invasões Francesas. Com estes personagens, viajamos pelo país e conhecemos os locais, os acontecimentos, os intervenientes da guerra e até provérbios que tiveram origem na época.Espetáculo cheio de ritmo, música e suspense que narra com humor a epopeia vivida pelo povo português na resistência às três invasões de Napoleão.
Ficha técnica
Autoria e Encenação: Horácio Manuel | Interpretação: Bibi Gomes, Fernando Jorge Lopes, Horácio Manuel e Rui Cerveira | Voz e Canto: António Rocha | Desenho de Luz: Celestino Verdades | Desenho de Som: Sandro EsperançaMovimento: Maria João Garcia | Cenografia e Figurinos: Horácio Manuel | Assistência de Cenografia/Adereços: Maria João Montenegro | Direção Técnica: Celestino Verdades | Operação de Luz e Som: Maria João Montenegro | Técnico de Palco: Daniel VerdadesDuração aproximada do espetáculo: 75 minutos
Classificação etária: m/ 12 anos
Espetáculo tecno-emocional para alimentar os sentidos. Receita para comensais de luxo, meninos e meninas a partir dos seis anos. O objetivo da receita é despertar criatividade e emoção nos comensais, sendo eles os descobridores e intérpretes desta experiência conduzida pelo Chef Chop Chop e por Fidelia. Cozinham-se técnicas cénicas tradicionais e novas tecnologias com os seguintes ingredientes:60kg de música30kg de dança teatro20kg de humor800gr de paciência e beleza1 pitada de imperfeiçõesEscuta, olha, sente, cheira e prova
Ficha técnica
Direção e dramaturgia: Cristina D. Silveira | Interpretação: Cristina Pérez , Javier Herrera | Figurinos: Pablo Almeida e Gonzalo Buznego | Espaço cénico: La Nave del Duende | Desenho de luz: David Pérez | Criação vídeo e animação: Carlos Mº Lucas e Marcos Polo | Ilustração e design gráfico: Marcos Polo | Música: Léo Delibes | Técnico de luz: Alfonso Rubio | Técnico de som e vídeo-projeção: David Pérez Hernando
Duração aproximada do espetáculo: 50 minutos
Classificação etária: m/ 6 anos
“Neste mundo cada grão de qualquer coisa é um pozinho de estrela. A vida está sempre a borbotar. A morte vive dentro da vida e por isso deve ser respeitada, mas também devemos brincar, e brincando com a morte respeitamos e brincamos com a vida. Nascemos, crescemos e morremos. É isso a vida, um jardim de estrelas com histórias que falam de água, do fogo, do ar, da terra... da natureza. E de nós, de todos nós, gente, plantas e bichos, que vivemos no planeta azul.”
Ficha técnica
Texto: Abel Neves | Encenação: Paulo Duarte | Direção Musical: Ana Bento | Cenografia: Helen Ainsworth | Construção de Cenários: Carlos Cal | Assistência à cenografia e Construção de cenários: Maria da Conceição Almeida | Interpretação: Abel Duarte e Ana Luísa AmaralDuração aproximada do espetáculo: 50 minutos
Classificação etária: m/3 anos
É em primeiro lugar uma homenagem aos saltimbancos, trota mundos, e ao seu teatro ambulante. É neste universo imaginário do teatro itinerante que encontramos os nossos heróis de carne e osso, é nas suas aventuras e dissabores que descobrimos uma curiosa metáfora entre o teatro e a realidade.Neste universo de ficção, que tanta vez se mistura com a vida, um casal de atores dos tempos modernos, profissionais talentosos, recorrem à arte teatral para contar, de terra em terra, as ancestrais histórias de capa e espada.Entre muitas malas, trapos, bonecos, cores, personagens, objetos e muitas artes de magia, somos convidados a descobrir como o tão valente em valentia Cavaleiro conseguiu salvar a Princesa de dois monstros maléficos!O teatro vence batalhas!
Ficha técnica
Encenação e Interpretação: Marco Ferreira e Sónia Botelho | Cenografia e figurinos: Marco Ferreira e Sónia Botelho Costureiras: Ana Antão e Isabel Antão | Apoio técnico: Jay Collin | Cartaz: Bibiana Nunes | Produção: Teatro das Beiras |Secretariado: Celina GonçalvesDuração aproximada do espetáculo: 55 minutos
Classificação etária: m/ 3 anos
“A magia dos títeres é ainda mais surpreendente quando estes pequenos bonecos de madeira saltam para o cenário do retábulo de madeira e tecidos floridos e conseguem encantar o público ultrapassando até mesmo a barreira do idioma. Entre a improvisação que resulta da interacção com o público e a fusão entre a cultura popular e a escrita erudita, estas marionetas conseguem, na penumbra da sala, uma atmosfera que parece proceder de séculos atrás.
Estes Bonecos conseguem divertir e entreter o público do século XXI com um reportório que abrange os autos da criação e cenas como o “Baile das Cantarinhas” e o divertido “Fado do Senhor Paulo d’Afonseca e da menina Vergininha”, entre outros.
A música, interpretada ao vivo com uma guitarra portuguesa, é outro dos seus atractivos.”
Ficha técnica
Autoria: Tradição Popular
Interpretação: Ana Meira, Gil Salgueiro Nave, Isabel Bilou, José Russo e Victor Zambujo
Acompanhamento Musical (guitarra portuguesa): Gil Salgueiro Nave
Duração: 1h10Classificação etária: para todos
O ritmo swing dos anos 20/30, a paixão fogosa do Jazz Manouche e da incontornável figura de Django Reinhardt são o cartão-de-visita do quarteto Miss Manouche.Os êxitos bocais radiofónicos desta época constituem o repertório de Miss Manouche, repleto de ritmos quentes e dançáveis aos quais é impossível ficar indiferente.
Ficha técnica
Voz e guitarra: Ian MucznikClarinete e voz: João BastosBaixo e voz: João San PayoGuitarra: Alcides MirandaDuração aproximada do espetáculo: 60 minutos
As máscaras de madeira do Carnaval de Lazarim são o ponto de partida da conceção deste espetáculo. A criação assenta no jogo teatral da máscara, também ele ancestral, e originário nos ritos mais primitivos da humanidade e dos rituais para-teatrais, que permite construir um espetáculo de carácter tremendamente poético e universal. As máscaras são exploradas como elementos quase mágicos, que parecem fazer-nos encontrar, debaixo do húmus da nossa cultura, a semente de um imaginário ancestral e vibrante que parece germinar no corpo dos homens que as envergam e desabrocham nas suas cabeças, de forma espontânea e surpreendente.FARDO é uma criação de Inverno - A estação da morte. A estação do sono. Onde se sonham outras vidas.No princípio nada mexe, tudo dorme. Tudo morto… Ou tudo sonha: É Inverno. Fardos de palha, árvore seca, lenha, máscaras. Tudo em letargo, à espera da vida. Morrem aldeias. Morrem aqueles que ficam nelas. Mas antes, dormem e sonham.FARDO é um ritual de Inverno. Um Entrudo feito sonho. Um ritual de passagem entre o sonho e o térreo, entre a vida e a morte, entre o nada e o riso, que espera o despertar de uma Primavera.Um sonho reparador onde se reúnem forças para um novo ciclo. Um ciclo de melhores colheitas. Um ciclo mais justo. Um ciclo mais perfeito.
Ficha técnica
Uma Criação de: Ángel Fragua, Noelia Domínguez e Sérgio Agostinho | Co-Criação e Direção: Hernán Gené |Assistente de Direção: Noelia Domínguez | Iluminação: Pedro Cabral | Produção executiva: Sara Casal e Mara CorreiaInterpretação: Ángel Fragua e Sérgio Agostinho
Duração aproximada do espetáculo: 70 minutos
Classificação etária: m/12 anos