Maria de Medeia fala sobre um casal de atores que decide revisitar o mito da tragédia clássica de Eurípides.
Maria de Medeia oscila entre a vida real do casal e o processo criativo, estabelecendo um paralelismo entre os desafios que enfrentam nas suas vidas pessoais e os conflitos retratados na tragédia.
Ao longo da narrativa e à medida que os ensaios avançam, os limites entre a realidade e a ficção começam a desvanecer-se e os ensaios tornam-se num campo de batalha emocional. Esta criação é uma exploração profunda das tensões que surgem quando a arte se mistura com a vida e onde os limites entre personagens e atores, realidade e representação, amor e ódio se cruzam.
Esta proposta interroga a condição da personagem Medeia enquanto símbolo poderoso e complexo das questões de género, transversal a todos os séculos e que continua a provocar discussões sobre o papel e o poder das mulheres na sociedade atual.
Maria de Medeia joga-se na hibridez entre a antiguidade e as Medeias contemporâneas.