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Festival de Teatro 1996

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Arte Pública

Erma

Federico Garcia Lorca
Teatro-Cine da Covilhã
13 de novembro 1996
21H30

Erma, poema trágico carregado de símbolos, é uma obra dramática onde, uma vez mais Lorca retrata o universo feminino - aliado à sua condição social - com uma sensibilidade invulgar.

Erma, a solitária, como o nome indica, fechada sobre si mesmo; Erma, estéril e inútil como uma terra inculta, é o retrato que Lorca nos dá da mulher rural obcecada com a condição da realização pessoal da maternidade.

Encenação: Gisela Cañamero | Interpretação: Gisela Cañamero, Gabriela Pereira, Teresa Santos, Vítor Gonçalves, Ruth Bandeira, Cristina Pronto, Jorge Caetano, Sílvia Viola e Aurora Santos

Teatro | 75 min. |
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GICC - Teatro das Beiras

A pele dum fruto numa árvore podre

Victor Haim
Teatro-Cine da Covilhã
14 de novembro 1996
21H30
15 de novembro 1996
21H30

Raul Real, ex-ministro do interior de um belo país imaginário, que depois de ter escapado a um atentado, a uma prisão e a um julgamento, decidiu tornar-se terrorista, por conta própria. Decisão perfeitamente natural, na sua lógica de ex-ministro de todas as polícias. Vamos encontrá-lo na solidão de um pico rochoso, cercado pelos seus antigos esbirros, - há quem lhes chame polícias - agora dirigidos por um seu antigo correligionário - vulgo camarada. O novo ministro vai naturalmente usar os métodos repressivos que o seu antecessor implementou - gosto desta palavra, muito usada por políticos, que estão sempre a implementar... Voltando à história, o nosso teórico pode vir a ser apanhado pelas suas próprias teorias. O que até é justo, convenhamos, embora raramente aconteça. Porém, um homem que decidiu tornar-se terrorista, não se entrega assim sem mais nem menos. A não ser que se arrependa. Ora, um antigo ministro do interior, não é um arrependido. Ele vai resistir, contra-atacar, furar o cerco e dar um pulo de lobo ao país real, para o pôr a ferro e fogo. Mas, enquanto isso não é possível, vai contar-nos como chegou ao poder, como aperfeiçoou o sistema repressivo que ainda está em vigor no país e, por fim, como foi atraiçoado por um camarada seu. O que é absolutamente natural em política. Sem querer, Raul Real, vai denunciando a ambição do poder, a hipocrisia, a crueldade, a bestialidade política. A sua linguagem é a das casernas. Grosseira, agressiva, vulgar, e poderá chocar os espíritos mais puritanos. Mas é essa linguagem precisa, clara, viva, a mais adequada à desmontagem da lógica absurda do poder. Felizmente que a repressão, a tortura, os cárceres, são coisas que só acontecem em países imaginários e mesmo assim longínquos... Pois!...

João Azevedo

Encenação e Dramaturgia: João Azevedo

Interpretação: João Azevedo, José Alexandre Barata, António J. Fonseca

Teatro | 90 min. |
16.NOV LAVI E BEL TEATRO Paradisi Cópia

Lavi e Bel Teatro

Paradisi

Teatro-Cine da Covilhã
16 de novembro 1996
21H30

A televisão é uma janela que dá para a rua. Esta rua é o Mundo que passa em avalanche perante os nossos olhos todos os dias. É uma actividade quotidiana assomarmo-nos à janela e ver que se ampliou a nossa perspectiva da realidade, por mais que esta apareça deformada, manipulada e parcial através do cristal. Nesta rua do Mundo entre um amontoado de perucas loiras, polícias justiceiros e carros desportivos podemos antever, se conseguirmos subtrairmo-nos do encanto das imagens o verdadeiro drama que estão vivendo milhões de pessoas. É muito fácil ver estas pessoas como pontos de cor e como número de estatísticas, esquecendo que são seres humanos únicos, que detrás de cada um deles há uma história original e irrepetível. Nós mesmos amanhã podemos estar no seu lugar. Somos, pois, os que nos movimentamos numa situação explosiva, os que não manejamos os filhos (...)

Por isso "Paradisi" conta a história de um louco e de um menino.

Dramaturgia: Emilio Goyanes | Colaboração na encenação: Javier Centeno | Interpretação: Emilio Goyanes e Rosa Díaz

Teatro | 60 min. |
Balas Sobre A Broadway
Balas sobre Broadway

Woody Allen
Cine-Centro
18 de novembro 1996
23H30

New York, anos 20. David, jovem autor de Teatro ambicioso, aceita dar um papel a Olive Neal, namorada de um gangster que financia a sua peça. O guarda costas de Olive começa a mter o seu grão de sal nos ensaios e acaba por tornar-se no verdadeiro autor da peça. 

Com: John Cusack, Chazz Palminteri, Dianne Wiest e Jennifer Tilly

Cinema |
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Teatro de Portalegre

Aristídes, o Consul que desobedeceu

António de Moncada de Sousa Mendes
Teatro-Cine da Covilhã
19 de novembro 1996
21H30

A figura de Aristídes de Sousa Mendes sempre me impressionou e os acontecimentos de Bordéus de 1940 tiveram um impacto directo na minha vida pessoal e estão hoje a ter na vida dos meus filhos.

Pensei que uma peça de teatro, reconstituindo um pouco a situação vivida pelo Consul e pelos refugiados da guerra, poderia contribuir também para que as pessoas conhecessem um dos maiores exemplos de altruísmo de História Universal.

Encenação: José Mascarenhas e Vitor Pires | Interpretação: Rui Ferreira, Vitor Pires, Susana Teixeira, José Mascarenhas, Fátima Reis e Vladimiro Franklin

Tipo | 95 min. |
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Teatro do Semeador

À beira do lago dos encantos

Maria Alberta Menéres
Belmonte
20 de novembro 1996
15H30

Peça infantil, com carácter pedagógico, por onde passam personagens como o "velho tempo", "o vento", "a vista", "o olfacto", "o tacto", "o paladar" e "o ouvido".

O espetáculo passa-se num ambiente de casa espacial com elementos brancos, de preferência transparentes, integrada na Natureza. Os pequenos espetadores são transportados para um planeta onde não há objetos semelhantes aos da Terra.

Encenação: Vitor Pires | Interpretação: Vladimiro Franklin, Fátima Reis, Rui Ferreira, Susana Teixeira e Victor Pires

Teatro | 60 min. |
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Filipe Crawford - Produções Teatrais

Os monstros sagrados

Rolland Dubillard
Teatro-Cine da Covilhã
20 de novembro 1996
21H30

Um conjunto de "sketchs" para dois actores escritos em 1975 como exercícios de estilo onde o cómico e o delírio verbal se bastam a si próprios. 

Traduzidos e adaptados por Filipe Crawford, um conjunto de onze cenas atravessam o universo de dois homens, uma parelha burlesca, que assistem a um "concerto", dão uma "lição de piano", jogam ao "Ping-Pong", discutem "Musicologia", debatem o "casamento", vão ao "Restaurante", vêem um filme de "Oito Milímetros", compõem "Música de Armário", vão à "Consulta", filosofam sobre um "Conta-gotas" e acabam assistindo no teatro à representação de um "Monstro-Sagrado".

Encenação: Filipe Crawford | Interpretação: Filipe Crawford e Rui Paulo

Teatro | 120 min. |
Noite Estreia Poster
Noite de Estreia

John Cassavetes
Cine-Centro
20 de novembro 1996
23H30

Myrtle Gordon é uma atriz entre duas idades e que tem o papel de vedeta numa peça intitulada The Second Woman. Essa peça de Teatro é ensaiada e rodada em New HAven antes da estreia em New York. No início, Myrtle é por acaso testemunha da morte acidental de uma das suas admiradoras. É sem dúvida isso que vai desencadear nela uma grave crise onde se misturam e confundem vida privada e profissional.

Com Gena Rowlands, John Cassavetes e Ben Gazarra

Cinema |
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GICC - Teatro das Beiras

A Menina Júlia

August Strindberg
Teatro-Cine da Covilhã
21 de novembro 1996
21H30

Dei várias explicações para o destino da Menina Júlia: Os profundos instintos de sua mãe; a educação errada que o pai lhe deu; a sua própria natureza e a poderosa sugestão que o noivo exerce sobre um cérebro fraco e degenerado; e depois, mais directamente: a atmosfera de festa na noite de S.João, a ausência do pai, as suas regras menstruais, o seu interesse pelos animais, a influência excitante da dança, a escuridão da noite, a influência erótica das flores, e enfim, o acaso que fecha os dois protagonistas num quarto isolado e a audácia do homem sobreexcitado. Não encarei o assunto apenas segundo as leis da fisiologia ou da psicologia; não acusei apenas a hereditariedade materna, como não me limitei a pregar moral. Satisfaz-me esta multiplicidade de motivos, porque o sinto de acordo com os nossos dias. Não encarei o assunto apenas segundo as leis da fisiologia ou da psicologia; não acusei apenas a hereditariedade materna, nem a menstruação, nem a imoralidade, como não me limitei a pregar moral.

in Prefácio de “A Menina Júlia” August Strindberg

Encenação: Rui Sena

Interpretação: Helena Faria, Miguel Telmo, Fátima Apolinário

Teatro | 75 min. |
22.NOV TEATRO NACIONAL O Poder Do Dinheiro 2

Teatro Nacional

O poder do dinheiro

Teatro-Cine da Covilhã
22 de novembro 1996
21H30

O Poder do Dinheiro reúne um conjunto de textos e canções onde estão presentes alguns traços fundamentais da temática "dinheiro". A forma do espetáculo é, antes de mais, a do divertimento. De forma expressa ou implícita, todos os comportamentos sociais estão condicionados pela presença ou ausência, pela posse ou pela necessidade do dinheiro, e a arte, nas suas diversas formas de expressão, não pode deixar de dar conta desse essencial. Se a escolha recaiu, essencialmente, em textos do século vinte, nada impediu a presença de épocas anteriores. A aparente frivolidade de Offenbach convive com a arte de furtar do séc. XVII ou com a dureza dos textos de Brecht.

Encenação: Graziella Galvanti | Cenografia e figurinos: Mark Schils e Jackiy Rzenno | Desenho de luzes: Orlando Worm | Interpretação: Fernanda Alves, Luís Madureira e Afonso Malão

Teatro | 120 min. |
23.NOV TEATRO MARIONETAS DO PORTO IP 5

Teatro de Marionetas do Porto

IP 5

Regina Guimarães
Teatro-Cine da Covilhã
23 de novembro 1996
21H30

É:

-nome de uma estrada que constitui um símbolo de ligação de Portugal à Europa, marcando o início das políticas radicais de desenvolvimento económico e da ilusão "dantes eramos infelizes e pobrezinhos agora somos ricos e felizes"

-Uma peça estruturada em quadros, com títulos tão diversos quanto esclarecedores: "Engarrafamento eterno", "Chirac Nucleaire", "Pesadelo Papal", Discurso de Sua Excelência a Procuradora-Geral da Moral", "Boris & Bill"...

-Um espetáculo altamente amoral, altamente musical, altamente divertido, altamente crítico, altamente polémico, altamente perturbador da ordem pública, altamente poético, altamente antidepressivo, altamente desaconselhável a pessoas sem uma sólida formação moral. 

-Uma visão crítica e bem humorada das hipocresias do mundo contemporâneo.

Encenação: João Paulo Seara Cardoso | Interpretação: Ana Queiroz, Carlos Magalhães, Igor Gandra, João Paulo Seara Cardoso, Maria João Castro, Rui Oliveira

Teatro de marionetas | 75 min. |
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Sonho de uma Noite de Inverno

Kenneth Brannagh
Cine-Centro
25 de novembro 1996
23H30

Joe Harper, comediante no desemprego, decide montar Hamlet com as suas próprias economias e uma companhia reduzida a seis actores que têm de representar vinte e quatro personagens.

Com Michael Maloney, Gerard Horan e Joan Collins

Cinema |
26.NOV O BANDO Balada De Garuma

O Bando

Balada de Garuma

Ad de Bont
Teatro-Cine da Covilhã
26 de novembro 1996
21H30

Tem como história de fundo a amizade de dois miúdos de rua, dois jovens futebolistas, de vidas paralelas mas de sortes diversas, que acabam por se separar devido à fama e ao dinheiro.

Com uma caracterização aproximada aos efeitos da banda desenhada, é um espetáculo cantado e tocado ao vivo, com amplificação própria e incorporada nos objectos cénicos.

Encenação: João Brites | Interpretação: Paula Só, João Paulo Santos, Miguel Moreira, Nicolas Brites, Thomas Karthel, Rini Luyks, Ana Brandão, Bibi Gomes, Carla Bolito.

Teatro | 120 min. |
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Centro Dramático Bernardo Santareno

Não se paga, não se paga

Dario Fo
Teatro-Cine da Covilhã
27 de novembro 1996
21H30

(...) Como nas velhas farsas populares (melhor seria dizer antigas) napolitanas e venezianas, a mola da acção, a chave do conflito é a fome. E, para resolver o problema do apetite (atávico), há a solução primordial e instintiva de cada um se arranjar por si (...) E todo este desenrolar, para não cairmos no didactismo ideológico, procurámos resolvê-lo com um teatro de "situação". Isto é: de uma maneira ligada ao teatro "épico", em que não são as personagens que fazem progredir a acção, mas sim a situação, a máquina teatral. (...). Não queremos oferecer às pessoas que vêm ter connosco para se rirem connosco nenhuma possibilidade barata de se libertarem da sua indignação. Queremos que elas, por assim dizer, guardem a sua raiva na barriga. (...) A sua revolta, no seu âmago, deve lá ficar, aí onde também o riso permanece, no fundo da alma, do coração. (...) O riso protege do maior perigo que existe, a catarse.

Encenação: Paulo Cruz | Interpretação: Maria João Martins, Sónia Gomes, Paulo Patrício, João Pedro Cunha, Paulo Cruz

Teatro | 95 min. |
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O Carteiro de Pablo Neruda

Michael Redford
Cine-Centro
27 de novembro 1996
21H30

Nos anos 50, numa ilha italiana, nasce uma intensa e emotiva relação entre Mario, o carteiro, e o único cliente, Pablo Neruda, o célebre poeta chileno no exílio.

Com Massimo Troisi, Philippe Noiret e Maria Grazia Cucinotta

Cinema |
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Karlik Danza-Teatro

Al otro lado

inspirado em "El Abismo" de Jorge Márquez
Teatro-Cine da Covilhã
28 de novembro 1996
21H30

Quantos de nós não quisemos alguma vez parar o tempo, guardar esse instante num bolso e torná-lo uma constante na nossa vida.

É como ficar suspenso na inspiração e não ter que expirar (...) Na verdade ficarmos ali seria a morte, felizes mas a morte.

Coreografia e direção: Cristina D. Silveira | Interpretação: Victória L. Talaván, Juan Luis Leonisio, Concha Salguero, Juan Antonio Lumbreras

Teatro e Dança | 75 min. |
28.NOV TRIGO LIMPO De Faca E Alguidar

Trigo Limpo - Teatro ACERT

De faca e alguidar

Santos Fernando
Fundão
28 de novembro 1996
21H30

"O humorismo é uma lágrima entre parêntesis"

Um piano enorme distorcido pela perspetiva é uma casa. No centro da cena, à volta dele desenrolam-se um conjunto de situações hilariantes e absurdas. 

Encenação e adaptação: José Rui | Interpretação: Carla Torres, José Rosa, José Rui, Luis Viegas, Pompeu José e Raquel Costa

Teatro | 90 min. |
29.NOV AQUILO Uma Sonata De Brahms

AQUILO - Teatro da Guarda

Uma balada de Brahms

João Camilo
Teatro-Cine da Covilhã
29 de novembro 1996
21H30

Melodrama conjugal, retratando as rotins do quotidiano que aprisionam um casal. Uma peça que, segundo as palavras do dramaturgo, tenta "pôr discretamente, quase silenciosamente, em cena os conflitos de desejo, de alegria, de amor e ódio".

Encenação: Américo Rodrigues | Interpretação: Anabela Dinis e Victor Amaral

Teatro | 60 min. |
22 OUT CCE Bonecos Sto Aleixo 2

CENDREV - Centro Dramático de Évora

Os Bonecos de Santo Aleixo

Títeres tradicionais do Alto Alentejo
Teatro-Cine da Covilhã
30 de novembro 1996
21H30

O essencial dos meios utilizados é composto por um lugar de representação chamado retábulo, construído em madeira e tecidos floridos, e reproduzindo um palco tradicional em miniatura com pano de boca, cenários pintados em papelão e iluminação própria (candeia de azeite); Os bonecos são realizados em madeira e cortiça, medem entre 20 e 40 centímetros de altura e são vestidos com um guarda-roupa que permite, como no teatro naturalista, identificar as personagens da fábula contada. A música (guitarra portuguesa) e as cantigas são executadas ao vivo. Os textos, transmitidos oralmente, resultam de uma fusão entre a cultura popular e uma escrita erudita.

Interpretação: Ana Meira, Gil Salgueiro Nave, Isabel Bilou, José Russo e Victor Zambujo

Teatro | 90 min. |