A 1ª criação para a infância, apresentada pela DançArte, é baseada no livro intitulado História da Nuvem que não queria chover, de Fernando Bento Gomes – 1º prémio da literatura/ infantil 81.
Depois de muito andar pelo mundo entre diplomacias e exílios, Pablo Neruda decidiu construir uma casa na Ilha Negra. Aí decorre a acção da peça O Carteiro de Neruda, que não é um resumo histórico ou biográfico dos últimos anos de Pablo Neruda.É antes uma evocação da humanidade do poeta, do seu humor, do seu amor à gente do povo. Mário, o jovem carteiro que na Ilha Negra leva a correspondência ao poeta, descobre a força da poesia e das suas metáforas, a relação desta com o amor e a vida. E a poesia que emana da personagem de Neruda, avassalará não apenas a vida do carteiro Mário e da sua amada Beatriz, mas toda a ilha incluindo a puritana Rosa, mãe de Beatriz que acabará a recitar os versos do poeta. e todos acabarão por se valer dos recursos da metáfora.
Mas o idílio termina com o golpe militar, a morte de Allende e do próprio Neruda e a prisão de Mário.
Encenação: Joaquim Benite
Cenografia: José Manuel Castanheira
Interpretação: Nuno Simões, André Gomes, Francisco Costa, Maria Frade, Miguel Martins, Celestino Silva, São José Correia, Teresa Gafeira, Paulo Mártires e Pedro Bernardino
As Aventuras de João Padão... é a história, narrada na primeira pessoa, de um aventureiro originário da região de Bergamo, que tentando escapar da Inquisição se vê embarcado para a América numa das naus de Cristovão Colombo (...)
(...) Na nossa adaptação este João Padão é um Zanni, nome dado a uma personagem tipo da commedia dell’arte, que representa um lacaio, também originário de Bergamo e assim designado porque Zanni é diminutivo para João, nome bastante comum nesta região.
Encenação: Filipe Crawford
Interpretação: Filipe Crawford
Rudolph Hess foi um dos enigmas do nazismo. Ele foi um dos braços direitos de Hitler, que se tornou depois um conhecido prisioneiro de Berlim-Spandau. A sua morte inspirou Helder Costa, que fez um monólogo sobre os mecanismos do poder. Mas, que mecanismos? Erros de ontem misturam-se com condições paranóicas de hoje - uma peça como que a disparar.
O que se pode escrever para falar do nazismo ?
Parece que foi tudo dito.
Os pais falam do horror, do crime, dos campos de concentração, do racismo. Os filhos, hoje em liberdade presentem confusamente que lhes falam de uns E.T.’s e duma desumanidade que não compreendem (...). Nada disto é novidade.
O que para mim é absolutamente novo é irresponsabilidade com que não se quer perceber - e, consequentemente, combater - o vírus que cria permanentemente os focos de insegurança onde o nazismo sempre foi colher os seus melhores frutos: a miséria, o desemprego, a exclusão social.
Encenação: Helder Costa
Cenografia: José Manuel Castanheira
Interpretação: João D'Ávila
A peça é sobre uma boda, depois da ida à igreja dos noivos. A noiva já está grávida e o noivo está orgulhoso de ter construído sozinho, toda a mobília. A refeição desenrola-se lentamente, constituindo os actores personagens de um ballet de gestos e atitudes, num cerimonial falso. Falso porque pede emprestado as regras do cerimonial às da burguesia, classe que lhes está imediatamente superior e à qual não pertencem. A ilusão das aparências de como deve ser, irá desfazer-se e mostrar o verdadeiro rosto das personagens. Disputam-se e provocam-se, ao ritmo do vinho, enquanto os móveis se vão partindo, e se desagregam as relações que pareciam existir entre elas.
A Família é posta a nú. Os seus membros odeiam-se, fingem amar-se e penduram-se uns nos outros para não ficarem sós.
Encenação: Rui Sena
Cenografia: José Manuel Castanheira
Interpretação: Miguel Telmo, Eva Paula, Bina Ferreira, José Alexandre Barata, Ana Lídia, Vítor Correia, Lélia Guerreiro, Eduardo Ranito e Carlos Calvo
D.Perlimplim, homem solteiro de cinquenta anos, vê-se inesperadamente casado com a jovem Belisa, por intervenção da sua governanta Marcolfa e da mãe de Belisa. Velha história esta de homem velho com mulher nova. Enganado, Perlimplim consegue fazer com que Belisa o ame desesperadamente, sem saber que é ele, pois que lhe aparece na figura de um galã envolto numa capa vermelha, acabando por se suicidar e assim vingar-se cruelmente. Corneado, ele põe os cornos a todas as mulheres que existem, como disse o próprio autor.
Encenação: Joaquim Benite
Cenografia: Malgorzata Zak
Interpretação: Francisco Costa, São José Correia, Teresa Gafeira, Maria Frade, Miguel Martins e Nuno Simões
“A Passagem dos corpos” tem a ambição de ser uma colagem desoculante, reveladora, analítica: capaz de sugar à obra de Artaut metais estruturantes, de extrair ao seu universo uma constelação decisiva, de isolar princípios energéticos, vectores de construção.
A obra de Artaut ama e mata. Lança fogo, lança fogo, devora. Os seus textos são hinos da liberdade, defesas da liberdade. Um traço fundamental na sua obra é a insatisfação com a condição humana. Insatisfação insubmissa: Artaut não se rende nunca e a nenhum nível: ataca, nomeia, explicita - criando em atentado constante aos limites; condição humana que em Artaut não recai, como manto indiferente, sobre todos, da mesma maneira, mas é antes sublinhado de crimes, culpas, carrascos, decapitações. Condição humana que a uns quantos interessa e a outros vitimiza.
Adaptação: José Abreu Fonseca
Interpretação: José Abreu e Lúcia Ramos
A celebração do vazio, filosoficamente descomprometida e dramaturgicamente inovadora, de Samuel Beckett deram uma nova dimensão à linguagem. É o mundo de sonhos e memórias, da consciência não verbal da emoção, e da complementaridade das personagens que criou, como se se tratassem de elementos diferentes de uma mesma personalidade, que nos interessa neste trabalho; uma montagem de diferentes textos de Beckett, em que se alia o conflito das personagens consigo mesmo e a busca do eu das obras dramáticas, ao humor irresistível e subtil da sua prosa.
Encenação: Diogo Dória
Cenografia: Eduardo Loio
Interpretação: Ana Vitorino, Carlos Costa, Catarina Martins e Pedro Carreira
“Fora de Jogo” é composto por duas pequenas peças “Pêra Doce” e “Jogo da macaca”.
“Pêra Doce” - Um jovem casal, de 21 anos, fechado num quarto durante quarenta minutos. Ele carrega carne num talho, estuda literatura. Ela pinta latas de lixo, interpreta lésbicas em peças de teatro. Entre recortes de notícias, Quim e Joana acabam por revelar-se um pouco diferentes daquilo que à primeira vista aparentam.
Ambiciosos, teimosos, apaixonados e em constante discussão, como qualquer casal que se preze. Não se conheciam, mas querem ser conhecidos. Ela não é nenhuma pêra doce. Ele também não.
“Jogo da macaca” - Um jardim público, um carrinho de bébé e uma rapariga que joga à macaca. Um homem da mesma idade, cerca de 30 anos, aproxima-se. Iniciam um outro jogo, de memórias. Torturam-se, seduzem-se manipulam-se e recordam-se. Recordam um passado comum, uma história de amor falhada. Uma história cheia de enigmas e verdades/mentiras onde nunca encontramos fronteira.
Encenação: Juvenil Garcês
Cenografia: Delphim Miranda e Juvenal Garcês
Interpretação: Rita Lello, Pedro Tavares, Vítor D'Andrade e Susana Branco
Gil Vicente é o espaço da memória colectiva, da nossa identificação histórica e da nossa afirmação como povo. Num momento em que se enaltece o esquecimento e se propagandeia a indiferença, as modas importadas, os gostos reciclados, a intoxicação das mentes; quando se nos apresenta a encruzilhada, voltamos a olhar para o velho Mestre. E bem lá no fundo na prateleira mais alta, limpamos o pó ao livro quarto “Copilaçam de todalas obras”, 1562, edição actual e destapamos o “Auto da Fama”; divertimento de contornos patrióticos de propaganda às conquistas portuguesas no Índico. (...) Que fama celebra hoje a sociedade portuguesa no final do milénio? Que vertigem de grandeza e optimismo encarna? Procuramos no discurso vicentino o alento e a coragem para a reflexão. E assim encontramos a ironia e a graça do nosso próprio destino, “Porque o mundo desta sorte, desengana o enganado”.
Gil Salgueiro Nave
Encenação: Gil Salgueiro Nave
Cenografia: Luís Mouro
Interpretação: Eva Paula, Rogério Bruno, Marco Ferreira, José Alexandre Barata, Ana Lídia, Vitor Correia, Lélia Guerreiro e António Abernú.
“La noche de los asesinos”, de José Triana é o drama do parricídio, um ritual teatral em cuja trama intervêm 3 neuróticos irmãos submersos num sórdido sótão inundado de objectos desarrumados. Parafraseando o autor os 3 personagens adultos rondam os 30 anos “todavia conservam um certo ar adolescente e em último caso são figuras de um museu em ruínas”. No sótão de sua casa - antiga sala de castigos - os irmãos entregam-se aos jogos proibidos de matar os seus pais, de exorcizar a sua castrante formação, de justificar a repressão de uma educação severa, oficializando uma cerimónia de confusão em que todos vão assumindo vários papéis. Começaram este jogo pitoresco de “brincar às casinhas” há mais de 20 anos, e o curioso é que ao chegar à idade adulta, em vez de o abandonarem continuaram a praticá-lo, introduzindo-lhe uma série de elementos perversos próprios de uma idade adulta e retorcida.
Encenação: Angel Facio
Cenografia: Marcelo Pacheco
Interpretação: Miguel Rodríguez, Lola Manzano, Concha Rodríguez
Os dois temas, as duas matrizes da obra de Brecht, são a cegueira e a transformação.
O Homem transforma-se, para o pior ou para o melhor. O Homem é cego, e não sucumbe a nenhuma espécie de transformação. Para o pior, ou para o melhor. (...) Há um outro elemento que perpassa em toda a obra de Bertolt Brecht. Uma enorme dose de manha, de astúcia. Galileu, que vê para além dos astros da Bíblia, faz sair os “Discursi” para Amsterdam.
E BRECHT? Brecht ele mesmo? O próprio Brecht?
Um Brecht cego ou um Brecht sujeito a processos de transformação?
Sempre astucioso, manhoso.
Cego é que Brecht não foi, pela certa. Em nenhuma fase da sua vida.
A escolha dos poemas que constitui a espinha dorsal de “Porque é que o meu nome há-de ser nomeado?” dá conta desta dimensão.
De um Homem que se transforma, transformando o mundo.
De um Homem soberanamente astucioso e que vai encontrando as suas formas de dizer a verdade. E da clarividência.
Mário Barradas
Encenação: Mário Barradas
Cenografia: José Carlos Faria
Interpretação: Álvaro Corte_real, Ana Meira, Figueira Cid, Isabel Bilou, Isabel Lopes, José Russo, Jorge Baião, Mário Barradas, Rosário Gonzaga, Rui Nuno e Vítor Zambujo
Gil Cogominho, um campónio provinciano, vem para Lisboa e quer ser fidalgo da Corte. Com a mania das grandezas, pretende ser mais do que é e contrata mestres que lhe possam ensinar as suas artes: esgrima, dança, letras e música. Afonso Mendes, seu aio, a quem ele não paga e que o serve contra vontade, prepara-se para lhe pregar uma partida, juntamente com Beltrão, “um chapado velhacão”. Os dois aliam-se a uma mulher de carácter duvidoso, Isabel, e servindo-se de Brites, sua filha, planeiam roubar o pouco dinheiro de Gil e castigá-lo pela sua fanfarronice. Gil Cogominho, fazendo-se passar por fidalgo, declara-se a Brites e promete-lhe o que não tem. Afonso Mendes, Beltrão (disfarçados) e Isabel preparam uma cena de roubo em casa das duas senhoras, acusam Gil de ladrão e pretendem levá-lo preso. este, sem desconfiar de nada, é ele próprio roubado, ficando sem o pouco que tem e sem Brites.
Num momento de tomada de consciência, Gil Cogominho, ou o autor através dele, recrimina-se pela sua conduta.
Encenação e versão cénica: João Mota
Interpretação: Victor Soares, Álvaro Correia, Miguel Sermão, Carlos Vieira, Alexandre Lopes, Cristina Cavalinhos, Manuela Couto e Cecília Sousa
EXIT constitui uma reflexão sobre o mundo contemporâneo, através do olhar subjectivo de um jovem da nova geração urbana. Um personagem em conflito com a “cena real”, evadindo-se em correrias alucinantes pelas avenidas do imaginário. Enclausurado na sua bolha vital, na sua solidão, procura rompê-la, procura uma saída. “No way out” ?
Encenação e cenografia: João Paulo Seara Cardoso
Interpretação: Igor Gandra, Rui Oliveira e Sérgio Rolo
Este espectáculo é uma condensação de alta velocidade, género montanha russa, das obras completas de William Shakespeare e não é recomendável a pessoas com insuficiências cardíacas, problemas de coluna, licenciaturas em inglês, doenças de ouvidos e/ou pessoas com tendências para enjoar.
A Companhia Teatral do Chiado (Reduzida) não se responsabiliza com o que possa acontecer a senhoras em fase terminal de gravidez.
Encenação: Juvenal Garcês
Interpretação: Manuel Mendes, Simão Rubin e João Carracedo
É um espectáculo sinemateatrográfico, louco e motivado em Johnny Guitar .
En Johnny Guitar, atopa-se unha dessas malas hervas que afloran na memoria colectiva dun xenero do que so restan cinzas. Un western mítico protagonizado por mulleres que, nos anos 50, recibiu pésimas criticas en contarste coa excelente acollida popular. Aproveitamos este duelo femenino como punto de partida para xogar co melodrama desde o punto de vista do clown, co cinema desde o teatro, co texto desde o pretexto, coa simplicidade desde a reciclaxe e coa filosofia do divertimento desde a brincadeira. De outras “películas” xá conhecíamos as terras do Caramulo, e a este “amable e pacífico” bando de activistas de Tondela e sabíamos que o Trigo non era Limpo. Era un equipo ideal para abordar este ferreo rabanete western. A intuición non nos traicionou: O disparo foi certeiro. A chegada do cowboio está pronta.
Ollen, escuten e disfruten
Miguel de Lira
Encenação/Direção Artística: Miguel de Lira e John Eastham
Interpretação: Carla Torres, José Rosa, José Rui Martins e Raquel Costa
Excelentíssimo público, cá estamos de novo!
Desta vez subimos ao palco para vos apresentar um espectáculo... diferente !?, ou talvez não, vós direis!
(...) Então, neste teatro hoje queremos falar de nós. De nós, de vós, de todos os que aqui vivem, nasceram e morreram. De nós portugueses. Povo igual a todos os povos, povo diferente de todos os outros povos. Com História, histórias, mitos e lendas, misérias e grandezas, santos e heróis. E também de bandidos. De verdades e mentiras. Povo como todos os outros povos. Povo feito de muitos povos.
É um teatro sobre estes teatros que hoje levamos às tábuas.
Porque estamos cansados de discursos, de palavras, de mentiras. De ocultações, de branqueamentos históricos. Tantos descobrimentos e “um país por descobrir neste país”. Tantos novos mundos demos ao mundo que nos esquecemos do que o mundo nos deu. Para conhecer os outros é preciso conhecermo-nos.
Queremos conhecermo-nos. Pensar, lembrar...!
Deste passado, somos este presente. Conheça-se, discuta-se, para que sejamos, talvez, melhor no futuro.
Hoje quisemos fazer este teatro... e porque há muitos teatros!
José Leitão
Encenação: Carlos Curto
Interpretação: Jorge Pinho, Pedro Carvalho e Vitória Horta
“Os cosmonautas tinham este nome porque iam explorar o Cosmos: que é o espaço infinito com os planetas, as galáxias e tudo o que têm à volta.
Os cosmonautas partiam e não sabiam se voltariam ou não. Queriam conquistar as estrelas para que um dia todos pudessem viajar de um planeta para o outro, porque a Terra se tornara demasiado apertada e os homens aumentavam de dia para dia.”
Encenação: Paulo Duarte
Interpretação: Dina Nunes, Fernando Ascenção e José Varela Franco
Marinela é uma história que fala de amor, da força poética que o próprio amor encerra. É a arte do encontro entre uma nuvem e o vento. Ela recusa-se a chover, preferindo viver a vida intensamente sem qualquer tipo de constrangimento, saboreando cada momento, como se de uma constante aventura se tratasse. Ele o jovem vento, é o símbolo do dever, a quase personificação de quem só nasceu para trabalhar, não esperando da vida outra compensação se não a da prometida reforma quando a velhice chegar. Não sabe o que é o prazer. Ele próprio afirma que “não tem tempo nem jeito para folias”. “Tudo o que faz na vida é soprar, dormir e depois recomeçar”. A beleza de Marinela e o seu poder persuasivo são mais fortes do que tudo e o que não era previsto aconteceu. Vivem então juntos uma aventura fascinante que parece não ter fim “à noite brincavam com as estrelas, cavalgavam em repuxos na imensidão do mar, voavam felizes acompanhando as gaivotas, e até mesmo ao arco-íris quiseram trocar-lhe as cores. Não havia dúvidas tinham perdido ambos a cabeça”. Mas o fascínio da paixão, sofre o golpe frio da impossibilidade. Sem vento, o mundo pára, sem vento e sem chuva, toda a natureza vai sucumbindo, sem forças para responder ás necessidades dos homens e dos animais, de tudo o que neste planeta vive. Os seus caminhos são opostos, dura é a separação, mas é sem hesitar que partem os dois ao encontro da realidade, voltando a estabelecer na terra o equilíbrio ecológico, o sentido da vida. Deste amor fica a doce recordação. De nós, homens e mulheres de teatro, fica a vontade despretensiosa mas persistente, de partilhar convosco, público jovem de todas idades, o prazer cúmplice de fazer deste espectáculo um estímulo, o desejo de voltar. Que o nosso trabalho cumpra pois no palco, o que Fernando Bento Gomes tão maravilhosamente escreveu. Esta linguagem poética, é a força da imagem feita acção.
Isabel Bilou
Encenação: Isabel Bilou
Interpretação: José Alexandre Barata, Miguel Telmo, Eva Paula e Vítor Correia
A 1ª criação para a infância, apresentada pela DançArte, é baseada no livro intitulado História da Nuvem que não queria chover, de Fernando Bento Gomes – 1º prémio da literatura/ infantil 81.
Eu sou Marinela
a pequena nuvem bela,
que nasceu para brincar
no ar …no ar…no ar…
Primeiro Levantas um pé
depois um braço
juntos dançamos
num abraço!
Coreografia: Sofia Belchior
Cenografia: Sofia Belchior e Filomena Machado
Bailarinos: Sofia Belchior (Marinela), Andrea Diegues (Vento Jovem), André Mesquita (Vento Velho), Sofia Cardoso/Rita Abreu (Vento Mensageiro)
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Coordenação: Osvaldo Maggi
Interpretação: António Oliveira, Fernando Stoffel, Sílvia Martins, Mafalda Milhões e Susana Soares
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Encenação: Deolindo Pessoa e Manuel Guerra
Interpretação: Patrícia Gonçalves, Teresa Amaral e Victor Filipe
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Encenação: José Mascarenhas
Interpretação: Susana Teixeira, Rui Ferreira, Fátima Reis e Victor Pires
Natural dos Açores - Ilha Terceira - Carlos Alberto Moniz é considerado um dos artistas mais completos da cena musical em Portugal.
A sua estreia na televisão fez-se no final dos anos 60 no programa Zip-Zip. Participou em espectáculos em Portugal e no estrangeiro com José Afonso, Adriano Correia de Oliveira e Carlos Paredes, com os quais gravou vários discos.
Autor e intérprete de música para crianças, assina regularmente na Rádio Televisão Portuguesa a música de programas infantis e juvenis como “Fungagá da Bicharada”, “Zarabadim”, “Era uma vez”, “Mimis”, “O Rato dos Livros”, “Vamos Cantar um Conto” dos quais se salienta a Direcção Musical dos programas “Com pés e cabeça” “Sons do Sol” e “Arca de Noé”, para a qual compôs mais de 200 canções originais.
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O projecto de reunião de sonoridades do “Kora” da Guiné e dos sopros de saxofone e flauta, surgiu no rescaldo do projecto “Lusosonias e Outros” realizado em Évora em Setembro de 1997.
Do cruzamento do “Kora” com o saxofone resulta um som muito particular, feito de gritos e sussurros, lamentos e riso, numa fluência de mar e vento, de terra e fogo...
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“Não há machado que corte/ a raiz ao pensamento/porque é livre como o vento...”
E o pensamento fez-se voz. E a voz foi de denúncia e de resistência nas gargantas de toda uma geração particularmente marcada pela repressão e pela ausência de liberdade, pela guerra colonial e pela censura. Essa voz passava, também, por Manuel Freire, incansável frequentador da “praça da canção” do nosso (des)contentamento.
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