O espectáculo “Crónicas”, é constituído por 4 pequenas peças cómicas de Eduardo de Filippo: “Amizade”, “Sofrimento à porta fechada”, “ O papel de Hamlet” e “Farmácia de Serviço”, que José Carretas reuniu para construir este espectáculo de humor que durante mais de uma hora irá divertir o público.
Tradução: Luís Nogueira, Anna Munno Martins, Margarida Wellemkamp e Inês Leite
Encenação: José Carretas
Música original: Blandino Soares
Cenografia: José Carretas e Frederico Godinho
Figurinos: Margarida Wellenkamp
Interpretação: Ana Margarida Carvalho, Fernando Landeira, Flávio Hamilton, Inês Leite e Paulo Narciso
“As Desventuras de Isabella” é um dos 50 guiões de Commedia dell`Arte escritos no início do séc. XVII para a companhia dos Gelosi por Flaminio Scala. Flaminio Scala era um dos actores desta célebre companhia liderada por Francescho e Isabella Andreíni. Isabella foi uma das primeiras mulheres a pisarem os palcos de teatro, revolução conseguida pelas companhias de Commedia dell`Arte. Esta peça terá sido escrita em homenagem desta grande actriz, mas finalmente representada por Flamínia, pois Isabella terá sido impossibilitada de representar, devido a mais um trabalho de parto. Esta actriz teve seis filhos e no último parto morreu. Segundo consta, andava sempre de esperanças, pois a condição de actriz, na época, estava sujeita a algumas contrariedades, nomeadamente aos caprichos dos duques e príncipes e outros mecenas que se arrogavam o direito dormir com as actrizes, fossem estas casadas ou não. A vida dos comediantes dell`arte estava condicionada ao protectorado dos nobres e não era isenta de peripécias rocambolescas.
Com a intenção de recriarmos um espectáculo original do século XVII, tentámos com um grupo de seis actores, já familiarizados com a Commedia dell`Arte e o trabalho de Máscaras, fidelizarmo-nos ao espírito da época e fazê-lo na rua, com um estrado típico deste género teatral, acompanhando o espectáculo com música ao vivo, sem recurso a outros meios para além das máscaras, figurinos e adereços à época e do talento e técnica dos actores para improvisarem os textos sugeridos pelo guião. O resultado final é, tal como eram os espectáculos de Commedia dell`Arte do Renascimento, uma peça susceptível de ser apresentada em qualquer espaço, dos teatros convencionais à praça pública, improvisada e adaptável a todos os públicos. A comunicação com o público e o recurso aos efeitos cómicos, a par da crítica social, também característica deste género de representação, completam o espectáculo total que é a Commedia dell`Arte, representativa da Idade do Ouro do Teatro Ocidental Europeu.
Adaptação e Encenação: Filipe Crawford
Cenário e Figurinos: Renato Godinho, Conceição Ferreira e Filipe Crawford
Interpretação: Anabela Mira, Andreas Piper, Carlos Pereira, Catarina Matos, Diana Costa e Silva, Guilherme Noronha
olá classe média
a memória e o poder
O espaço ocupado por esta intervenção está ocupado por uma televisão.
O público vê o que vê mais as imagens dessa televisão.
E o nascimento! E a memória? Que não nos guardou o nascimento - o momento exacto de nos pormos cá fora?
…
De uma porta, como de um sonho (ou de um concurso de televisão), nasce um artista. E o artista em questão tem questões. Mas a polícia actua de imediato.
A polícia, esse poder…
E a televisão? Esse poder. E o poder! E poder por em causa o poder…
E o poder de por em causa o poder…
E o poder totalitário! E a memória: “Ah, naquele tempo é que era bom…”
…
E se a solução for contar piadas?
Será que a rir é que a gente se entende?
Será que é a rir que a gente se entende?
Será que a gente se entende?!…
Será que a gente entende?
Será que há gente?!…
Será que o agente…
Desculpe, sr. agente…
Desculpem!?…
E se a solução for contar histórias??
Dramaturgia e encenação: Pompeu José
Assistência de encenação: Gil Rodrigues e Paulo Neto
Cenografia e coordenação vídeo: José Tavares e Pompeu José
Interpretação: Miguel Torres e Pompeu José
“Um casal que vive no campo discute. Ele diz-lhe que o que ela tem para fazer em casa é nada comparado com o que ele sua no campo. Resultado: ela parte para a lavoura e ele fica a fazer o trabalho doméstico. Rapidamente Darry, assim se chama o nosso homem, perde o ímpeto de dona de casa e põe-se a fazer uma ginástica suspeita ao som de uma maviosa voz que dá instruções. Um, dois, um, dois… Lizzie, a nossa heroína, de tractor nas mãos, lavra as leiras adjacentes.
Chega Darry, o pitosga tocador de tambor e decidem ambos ensaiar a canção para a festa da colectividade. De aí em diante tudo se transforma e o serviço doméstico fica para trás, até que Lizzie chega e se depara com…
Um guião, mais do que uma peça, para um conjunto de números burlescos, claramente inspirados na estética do cómico burlesco. Não estamos longe dos Irmãos Marx…um trabalho de raiz clownesca.”
Encenação: Fernando Mora Ramos
Cenografia e figurinos de José Carlos Faria
Iluminação de António Plácido
Interpretação: Isabel Lopes, José Carlos Faria e Victor Santos
Operação de luz e som: António Anunciação.
Em “Olimplaff” três atletas competem numas olimpíadas muito especiais.
Estes, para chegar ao ponto mais alto do “podium”, usam todo o tipo de tretas e artimanhas em que o espectador também se verá envolvido.
“Olimplaff” é um espectáculo para toda a família em que os três actores, através da linguagem gestual, o “clowm” e a pantomina, fazem as delícias dos espectadores, sobretudo os mais pequenos, que terão um momento único e inolvidável.
Autor: Yllana
Interpretação: Cesar Maroto, Guss e Juanfran Dorado “Janfry”
Desenho de luz: Yllana
Matilde fala ao telefone, fala consigo própria, fala com o cão.
Fala enquanto trabalha, enquanto cozinha, enquanto faz Tai Chi.
Fala entre ataques de sinusite e ataques de introspecção.
Fala Dela, Delas e Dele. Fala dos Portugueses deste Portugal.
Matilde “dispara” em todas as direcções. É um TGV à flor da pele. Não há nada mais ingovernável...
Y é o homem que Matilde podia ser, caso tivesse nascido rapaz. Coisas do acaso, coisas de espermatozóides.
Y vive numa Dimensão Paralela mas irrompe no mundo de Matilde sempre que ela se emociona. Y é um cordão umbilical de alegrias, tristezas, dor, tontices, memórias... Y é o 8 e 80. O revoltado e o melhor amigo. O ciumento e o confidente.
Todos nós temos um lado feminino e um lado masculino, ou não?
Autor: Virgílio Almeida
Interpretação: Dora Bernardo e Pedro Oliveira
Encenação, Concepção Plástica e Desenho de Luz: Carlos Gomes e Carlota Gonçalves
Figurinos: Rosa Bernardo
Ao colocar-nos em cena três actores de duas nacionalidades diferentes, surge uma questão: por que razão estamos aqui, neste mesmo palco, dois espanhóis e um português? O que nos levou a coincidir neste mesmo espaço?
Não nos parece fácil explicar esta mestiçagem. Nada melhor para explicar uma situação complicada que contar como tudo começou... iniciaremos, pois, pela história da Península Ibérica.
A narração terá o reflexo da nossa visão enquanto actores, de uma história repleta de guerras, alianças, traições, amores, aventuras e conquistas. Enfim... uma loucura!!
“No fundo é uma sátira à formação dos dois países que constituem a Península Ibérica, que não ambiciona ser didáctico, mas antes e apenas lúdico. Por outro lado a peça valoriza o teatro em si mesmo, a diversão teatral sem qualquer exercício documental ou ilustrativo.”
In VISÃO
Criação Colectiva: Noelia Domínguez, Sérgio Agostinho e Ángel Frágua
Figurinos e Adereços: José Rosa
Direcção: José Carlos Garcia
Histórias que tu me contaste que te conto eu, nasce da conversa de todos, enquanto criadores, estabelecem com Bocage, um escaravelho contador de histórias, e com personagens que ele vai encontrando no desenrolar do seu percurso.
Criado a pensar em crianças dos sete aos doze anos, é um espectáculo destinado a um público entre o 7 e os 177 anos de idade. Aposta numa comunicação alicerçada no prazer de jogar ideias, significados e relações que se inscrevem para além do sentido imediato da palavra e da acção.
Tem como objectivo principal a sensibilização e formação de novos públicos, lançando bases a outros olhares sobre o mundo e outras formas de acção.
Encenação: Maria João Vicente
Interpretação: Catarina Lacerda, Inês Lua, Marta Leitão e Rosário Costa
Composição e interpretação musical: Blandino Soares
Desenho de luz: Ricardo Santos
“Esta é a história de Zorbas, um gato grande, preto e gordo. Um dia uma formosa gaivota apanhada por uma maré negra de petróleo deixa ao cuidado dele, momentos antes de morrer, o ovo que acabara de pôr. Zorbas, que é um gato de palavra, cumprirá as duas promessas que nesse momento dramático lhe é obrigado a fazer: não só criará a pequena gaivota, como também a ensinará a voar.”
Pedro Tamen
Autor: Luís Sepúlveda
Adaptação/Encenação: Pedro Oliveira
Cenografia: João dos Santos
Interpretação: Luís Carvalho, Pedro Alpiarça, Pedro Oliveira e Vitória Condeço
Este conto fala-nos de Amor e Amizade. Estes dois sentimentos podem viver juntos lado a lado, mas quando um desvanece é difícil o outro manter-se de pé.
As figuras centrais deste conto são um casal e a sua filha. Um dia o marido presenteia a esposa com um espelho. E tal como Narciso, assim esta mulher ficou encantada com a sua própria beleza. Mas, eis que vaidade em desmesura, pode converter-se em orgulho e demasiado orgulho em arrogância. Antes que isso pudesse vir a acontecer ela esconde o espelho. Anos mais tarde, já no leito da morte oferece-o à filha, agora adolescente. Uma noite, o pai vê a filha a falar e a sorrir em frente ao espelho.
“Meu pai, estou a falar com a minha mãe. Ela deixou-me um retrato vivo que se chama espelho. Todas as noites, a minha mãe me vem ver. Vem jovem e bela; bela como era no tempo da minha infância.”
Este é o retrato da mais pura inocência e da maior prova de amor filial.
Encenação: Manuel Costa Dias
Interpretação: Luiz Oliveira, Patricia Ferreira, Xico Alves, Manuela Paulo
Cenografia, Bonecos e Figurinos: Manuel Costa Dias
A Fraga das Fábulas é um espectáculo de teatro destinado a crianças entre seis e dez anos de idade e acompanhantes. O Anfitrião, uma figura estranha, mas simpática, humana e animal, real e fantástica recebe o jovem público em frente a “fraga” – espaço cênico onde tudo vai acontecer. Depois de levar os espectadores numa viagem imaginária até ao alto da serra o Anfitrião convida-nos a entrar pela “frincha” para o mundo “secreto e seguro” do interior da fraga onde os animais se encontram e onde os contos se contam.
O espaço interior da fraga é pequeno, íntimo, acolhedor. Som, luz e música ao vivo criam o ambiente ideal para contar as novas fábulas da montanha.
Estas fábulas são textos originais e contemporâneas criados num trabalho colectivo entre os actores e a encenação e depois de um estudo aprofundado de fábulas existentes incluindo, La Fontaine, Miguel Torga, Oscar Wilde, Rudyard Kipling etc.
O mundo da Fraga das Fábulas é habitado por personagens criados a partir de animais selvagens da península Ibérica em perigo de extinção: o falcão, o lobo, a lince, o javali etc levantando questões, não só da sobrevivência destas espécies, como também outros grandes temas da proteção do meio ambiente que o mundo enfrenta no início do século XXI.
O espectáculo combina teatro com música, debate com participação, momentos hilariantes com momentos de reflexão num processo que visa entreter e fazer pensar ao mesmo tempo.
Tradução: Graeme Pulleyn e Rita Azevedo
Encenação: Rita Azevedo
Interpretação: Abel Duarte, Eduardo Correia, Daniela Vieitas e Paulo Duarte
Cenografia: Helen Ainsworth
Música: Gabriel Morais
Desenho de Luz TRSM
Banda formada no Fundão em 1999 que, após algumas alterações na sua formação,
integra actualmente:
Marsten Bailey - Bouzouky e Guitarra,
Marco Fonseca - Violino,
Bruno Fonseca - Flauta Irlandesa, Whistles e Bodhran.
Músicos Convidados - Mike & Alice - Uilleann Pipes & Flauta Irlandesa
Interpretam temas tradicionais de Portugal, Galiza, Bretanha, Irlanda e
Escócia, bem como alguns temas originais.
Bouzouky e Guitarra: Marsten Bailey
Violino: Marco Fonseca
Flauta Irlandesa, Whistles e Bodhran: Bruno Fonseca
Uilleann Pipes e Flauta Irlandesa: Mike & Alice
O dixie e o jazz na festa de encerramento do festival de teatro.
Voz: Susana Russo
Saxofone tenor, saxofone alto, flauta: Gil Salgueiro Nave
Trompete: João César
Guitarra elétrica: Domingos Galésio
Piano: Paulo Pires
Contrabaixo: Joaquim Nave
Bateria: Rui Gonçalves/João Aleixo