“Farsas per musica” é uma proposta de espetáculo sustentado no perfil de um teatro itinerante de “estrado” e ar livre, numa citação contemporânea do teatro barroco marcado por uma destacada intervenção musical inspirada na tradição do teatro musical burlesco.
Espetáculo construído numa abordagem do teatro no teatro onde os atores de hoje se revêem numa prática artística que é ao mesmo tempo um exercício de representação citando os seus antepassados companheiros de ofício.
Este espectáculo é organizado a partir das farsas: Il Matrimónio Discorde e La Cantarina . Amores, ciúmes, seduções, dinheiro e fingimentos, são ingredientes de um teatro que está prestes a deixar cair as máscaras tipo da comédia del’arte para dar lugar a personagens com traços de caráter realista e rosto humano, anunciadores de mudanças sociais que chegariam com a Revolução Francesa. A aristocracia em decadência e a burguesia em ascensão disputando no palco os seus privilégios materiais e éticas morais num tom burlesco e poético capaz de provocar o olhar curioso e complacente do espetador do nosso tempo.
Autor: Carlo Goldoni
Tradução: Luís Nogueira
Encenação: Gil Salgueiro Nave
Cenografia e figurinos: Luís Mouro
Música: Helder F. Gonçalves
Desenho de luz: Jay Collin
Interpretação: Adriana Pais, Marco Ferreira, Pedro Damião, Silvano Magalhães e Sónia Botelho
“Inspirado na obra de José Saramago e tendo como base de trabalho dramatúrgico o seu livro para crianças " A Maior Flor do Mundo", o Teatro Art´Imagem apresenta uma peça de teatro para ser vista por adultos e crianças em conjunto. Uma boa oportunidade para homenagear e divulgar o autor e a sua obra, na esteira do Teatro Art´´Imagem cujo lema tem sido apresentar os grandes autores e textos da literatura universal, transformando-os em teatro.
"Havia uma aldeia e um menino (ou uma menina?).
Havia também os avós com quem a menina (menino?) vivia, mais os vizinhos.
Um dia sai o menino (menina?) pelos fundos do quintal e toca a andar, toca a andar.
Caminhou, caminhou, correu, correu, parou, parou...
Até que chegou ao limite das terras até onde se aventurara sozinha (sozinho?).
- Vou ou não vou?
Foi!
À descoberta de si, à descoberta do mundo.
Deu a volta ao continente muitas vezes sem sair do seu lugar. Viu coisas nunca vistas e recordou outras vividas. Encontrou pelo caminho homens e mulheres construindo um convento a mando do rei, uma cidade de cegos onde um cão enxuga as lágrimas duma mulher caída no chão e uma menina num balouço que subia alto até ao céu. Passou de menino a rapaz, depois foi homem. Recordou a sua infância, as brincadeiras, a ajuda nos trabalhos do campo, a gentes e animais da aldeia, as novas descobertas, os primeiros amores.
Foi à pesca do barbo no grande rio Tejo, ouviu as histórias dos seus avós dormindo debaixo da oliveira da casa da sua infância, saltou e correu molhando os pés nos charcos e poças...”
Dramaturgia e encenação: José Leitão
Interpretação: Daniela Pêgo e Flávio Hamilton
Música: Alfredo Teixeira
Espaço cénico: Fátima Maio, José Leitão e José Lopes
Pinturas: Agostinho Santos
Figurinos e adereços: Fátima Maio
Apoio ao movimento: Renato Vieira e Ana Lígia
Técnica de som e luz: Sandra Sousa
Fotografia: Leonel Ranção
Produção: Sofia Leal
Direcção técnica Pedro Carvalho
Encenação: Ana Nave
Tradução :José Henrique Neto
Interpretação: Bibi Gomes, Fernando Jorge Lopes e Rui Cerveira
Concepção Plástica: Rui Silvares
Desenho de luz: Celestino Verdades
Sonoplastia: Sandro Esperança
Vídeo: Paula Rosa
De várias histórias é feito o “faz de conta”.
Um espetáculo de bichos pequenos, pensado para gente pequena, que vai ser grande, e para grandes que pequenos já foram.
No faz de conta, vou fazer de conta, e há bichos que, embora não saibam, também fazem de conta…
A joaninha voa voa mas raramente vai para Lisboa. A pulga viaja por vários países e decide assentar arraiais em Portugal. O cão que faz o pino e é um grande dançarino. A centopeia que tem um grave problema. E também um escaravelho que não gosta que o chamem assim… um bicho de seda que provoca uma grande confusão. E até uma traça que é vaidosa e escreve com erros… um grilo que é escrivão e, no final, uma grande manifestação!
Esta é uma criação do Trigo Limpo teatro ACERT para apresentar no âmbito do Serviço Educativo. No seguimento do anterior, “P de Poesia”, este espetáculo respira sem necessitar de recursos que o confinem ao palco. Poderá ser apresentado em locais não convencionais, como bibliotecas, salas de aula, etc…É direcionado para os alunos dos jardim-de-infância, primeiro e segundo ciclos, dando continuidade à valorização da língua portuguesa.
De histórias escritas pela mão de encantadores autores do imaginário infantil, ai está mais uma criação que esperamos encha de contentamento todos, principalmente os mais pequenos
A partir de: “Bichos-Faz-de-Conta” de Maria da Conceição Sousa Vicente; “Uma Perfeição de Cão” de Maria Cândida Mendonça; “Histórias Pequenas de Bichos Pequenos” de Álvaro Magalhães.
Dramaturgia, encenação e representação– Raquel Costa
Apoio à encenação: Pompeu José
Desenhos e design gráfico: Zé Tavares
Figurinos: Raquel Costa
Cenografia: Raquel Costa e Pompeu José
Desenho de Luz: Luís Viegas
Produção: Marta Costa
Na vida, como no Facebook, os gostos não se discutem. Mas no teatro tudo é discutível. Mais ainda no Teatro Fórum, em que tudo é de facto discutido.
Usando como pretexto a história de três amigas cuja relação se deteriora perante o olhar da plateia, o fenómeno (tão na ordem do dia) Bullying será analisado, discutido, dissecado, virado do avesso. Porque o teatro, ao contrário da vida, permite voltar atrás, fazer outras escolhas, mudar o passado, transformar o futuro.
Olhar de Novo, propõe que cada espectador tome nas suas mãos a responsabilidade de alterar os comportamentos da protagonista, experimentando assim outras formas de atuação, que conduzam a história a um desfecho diferente, mais risonho, positivo, livre do medo do Bullying.
Encenação: Filipe Seixas
Interpretação: Catarina Inácio, Helena Ávila e Susana Nunes
Facilitador: Filipe Seixas
Vídeo: Pedro Frazão
Fotos: José Ferrolho
Operação técnica: Paulo Troncão
Gestão: Rui Ramos
Direção de Produção: Sandra Serra
Rádio Cabaret é um espetáculo construído a partir dos textos do comediógrafo alemão Karl Valentin. Num ambiente social de um bairro popular é emitido a partir de um pequeno auditório, (o auditório da Emissora de Rádio do Bairro), um programa de variedades onde desfilam personagens-tipo, criados pelo imaginário daquele que foi um dos autores que no seu exercício de criação teatral, mais influenciou e determinou o chamado teatro de variedades europeu. Através de paródias, jogos de palavras, trava-línguas, enredos linguísticos, a construção deste espetáculo é estruturada tendo como ponto de partida alguns dos elementos mais representativos da sua obra; monólogos, diálogos, cenas, peças e canções, que são o universo da criação artística e teatral de Karl Valentin, organizadas numa linha estética que supõem poder interessar e agradar ao público contemporâneo português. O carácter clownesco e multidisciplinar inspirado em situações do real confluem para um universo ficcional onde ao real-programático se opõe o absurdo e o irreal-fantástico. Propagado e difundido pela produção artística no século XX no espaço europeu e de origem remota e distante no tempo (antiguidade clássica e idade média), o chamado teatro de variedades, que em Portugal era designado por Teatro de Revista, foi sempre um território de expressão artística onde a crítica e o sentido cómico, às vezes trágico, era consubstanciado em torno das questões sociais. As obras de Karl Valentin, como Charlie Chaplin ou Buster Keaton cujas características são exemplo de comunicação estética e artística, influenciaram a criação teatral do último século. Muita da criação teatral contemporânea está marcada por esta influência, visível no teatro do absurdo (Ionesco, Samuel Beckett , Adamov), surgido no rescaldo da Segunda Guerra Mundial, cuja atmosfera é marcada por um ambiente de devastação, isolamento e falta de comunicação na sociedade contemporânea, mostrada artisticamente por meio de alguns traços estilísticos e temas que divergem decididamente do teatro de carácter realista.
Encenação: Gil Salgueiro Nave
Cenografia e figurinos: Luís Mouro
Desenho de Luz: Jay Collin
Interpretação: Adriana Pais, Marco Ferreira, Pedro Damião e Sónia Botelho
O homem forte e bom que vem ao nosso encontro, é Piotor. Piotor não é português. Caíu de um avião de carga numa noite de temporal, numa serra árida onde depois de muito andar no escuro, encontra um cão. Esse cão é pastor e leva-o para junto do seu rebanho. O rebanho leva-o para a aldeia. Na aldeia há um teatro e o vazio que Piotor sentia, preencheu-se.
Piotor trouxe consigo uma história sobre a água...sobre uma gota de água que ao cair do céu da Rússia, transforma as crianças que a querem ouvir, em pequenos russos que em vez de mãos, têm o poder de trazer a chuva e o dilúvio para dentro de casa.
Quando a história termina, as crianças só esperam que a gota de água volte a cair para refrescar os seus dedos...
Encenação: Madalena Vitorino
Assistente de Encenação: Abel Duarte
Cenografia e Figurinos: Sandra Neves
Costureiras: Capuchinhas CRL e Maria do Carmo Félix
Direção Musical e Banda Sonora: Fernando Mota
Cenários e Adereços: Carlos Cal e Maria da Conceição Almeida
Interpretação: Piotor (Paulo Duarte) a sua Sombra (Maria da Conceição Almeida) e sete pequenos músicos russos
Direcção de Produção e Comunicação: Paula Teixeira
Cartaz: Sandra Neves
Vídeo e Fotografia: Lionel Balteiro
“Reportório Osório” é uma colecção de canções, aliando a escrita sagaz de Luís Fernandes à magistral música de Luís Cardoso. Um desfiar de histórias pessoais no masculino, quase sempre íntimas, do dilema ao dilúvio em poucas estrofes. O quotidiano das relações afectivas transformado em canções irónicas (para não lhes chamar heróicas), em que a teatralidade da interpretação só reforça o perfil de cada personagem. O resto são... canções, as mais belas canções de umor.
Voz e Interpretação: Luís Fernandes
Acordeão: Sónia Sobral
Músicas: Luís Cardoso
Letras: Luís Miguel Fernandes
Direcção técnica: Rui Oliveira
Imagem: Léa López
"Na natureza nada se perde, nada se cria tudo se transforma..." Antoine Lavoisier
Lavoisier é formado por Roberto Afonso e Patrícia Relvas, que nasce com a necessidade interior de criar um diálogo, onde a expressão musical é elevada ao seu expoente mais sensível. Começaram em 2011 a sua jornada rumo a uma maior perceção da essência musical. Nessa viagem visitaram várias ideias, pessoas e músicas, e a atenção que umas suscitavam em relação a outras, moldam e formam o projeto Lavoisier. O facto de terem vivido em Berlim entre 2009 e 2013, fez com que conseguissem ver de fora o que nunca viram de dentro percebendo então que o caminho do projeto passaria mais pela música cantada em português. Com um inevitável saudosismo aprenderam a valorizar a música popular portuguesa, como diria Fernando Lopes Graça: "A música popular portuguesa é bela, difícil é reconhecê-lo...".
O nome Lavoisier foi escolhido pela dualidade liberdade/responsabilidade inerente à sua célebre frase.
Roberto Afonso e Patrícia Relvas