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Festival de Teatro

Operarios

Teatro das Beiras

Operários da Utopia

Auditório do Teatro das Beiras
03 de novembro 2016
21H30

“Operários da Utopia” é uma criação colectiva do Teatro das Beiras a partir da ideia de utopia. As inspirações literárias de Thomas More em Utopia de 1516, de Aldous Huxley em Admirável Mundo Novo de 1932 e George Orwell em Mil Novecentos e Oitenta e Quatro de 1949, foram o ponto de partida desta criação. E hoje? Em pelo século XXI, qual é o significado de utopia? Ou melhor: - Para que serve a utopia? Fomos aos protagonistas das novas utopias, alunos e alunas das escolas secundárias da Covilhã, perguntar o que entendem por utopia. Desenhámos mapas de ilhas/sociedades imaginárias nas salas de aula, criámos governos distopianos e admiráveis novos mundos, mas não encontrámos uma resposta satisfatória à pergunta. Trabalhámos teatralmente a partir do material recolhido nas escolas, as utopias que nos aproximam e, em oposição, reagimos pela interpretação negativa do futuro, com críticas e sátiras sociais, procurando no exagero um desenlace catastrófico para a humanidade. Nas distopias, encontrámos uma nova pergunta: - Para que serve o teatro? O teatro como espaço utópico do "não-lugar", lugar que não existe, lugar do imaginário, do futuro. Um teatro que serve de horizonte, que nos faz continuar a caminhar em direção à utopia. Estas são as duas perguntas chave para as quais não temos, nem queremos ter resposta, antes esperamos a partir delas provocar um debate necessário acerca da dicotomia existente entre a sociedade e a arte, o teatro e a utopia, a imaginação e a realidade. Afinal todos somos protagonistas, de uma forma ou de outra, na construção de um mundo novo. Somos os operários da utopia.

Encenação: Marco Ferreira | Direção musical: Rogério Peixinho | Assistência de encenação: Fernando Landeira | Interpretação: Marco Ferreira, Fernando Landeira, Sónia Botelho, Flávia Castro (acordeão), Inês Leitão (Clarinete), João Morgado(Violino) | Apoio técnico: Jay Collin | Direção de Produção: Fernando Sena | Produção: Celina Gonçalves | Fotos: Paulo Nuno Silva | Vídeo: Ivo Silva

Teatro das Beiras
Teatro | 60 min | Para maiores de 12 anos
Monologos

Teatro do Montemuro

Monólogos de uma Vida

Peter Cann
Auditório do Teatro das Beiras
04 de novembro 2016
21H30

Monólogos de uma Vida é a história de um homem que precisa de tomar uma decisão. É a terceira oportunidade que tem de mudar a sua vida, encontrar o amor e realizar-se. Reflete sobre a sua vida até esse momento. A peça tem três partes: Sísifo Um rapaz de cabeça quente, vinte anos de idade, sente-se frustrado com as limitações da sua vida numa pequena aldeia. Um acontecimento numa feira faz ferver as suas frustrações que viram violência e o ressentimento congela-se no seu estômago como neve. Ícaro O rapaz conhece uma jovem de Lisboa e apaixona-se por ela. É uma oportunidade para sair da aldeia, viver em Lisboa e criar uma nova vida. Graças a uma combinação de infeliz coincidências e o seu feitio precipitado ele acaba por deixar Lisboa e o amor da sua vida e regressa à aldeia. Perséfone De volta para a vida na aldeia, torna-se um agricultor de sucesso, vê a mudança chegar à sua região e através das novas tecnologias ganha acesso a um mundo maior. A sua antiga amada contacta-o através do facebook. Encontram-se e o amor reacende, mas quando visita Lisboa apercebe-se de quanto gosta da sua vida na aldeia e da ligação que sente à comunidade. Volta para a aldeia e confronta-se com a decisão que precisa de tomar. Esta peça é um triângulo amoroso entre um homem, o amor da sua vida e a sua terra natal. É contada por três performers, um actor, um bailarino e um músico.

Autor: Peter Cann | Tradução: Graeme Pulleyn | Encenação: Eduardo Correia | Cenografia e figurinos: Maria João Castelo | Desenho de luz: Paulo Duarte | Direção musical: Carlos Adolfo | Direção de produção: Paula Teixeira | Intérpretes: Abel Duarte, Carlos Adolfo e Filipe Moreira

Teatro do Montemuro
Teatro | 75 min | Para maiores de 12 anos
Noche

Teatro Guirigai

Noche Oscura, ahora!

José Manuel Martín Portales e Agustín Iglesias
Auditório do Teatro das Beiras
05 de novembro 2016
21H30

Ela e ele, alienados pela ausência de consciência, de repente despertam através do renascimento da palavra; e em busca da sua própria identidade transitarão pelo território da noite até se verem despidos de todas as crostas que os impediam de ver a realidade autêntica. Uma viagem pela noite da História até ao turbilhão da nossa realidade atual. “Por aqui não há caminho”. Os versos de San Juan de la Cruz, diante da poesia contemporânea, fazem deste espetáculo uma experiência poética, um espetáculo onírico, onde a sensibilidade e as emoções assumem claro protagonismo frente à razão.

Dramaturgia: José Manuel Martín Portales e Agustín Iglesias | Direção: Agustín Iglesias | Elenco: Magda Gª-Arenal Granada e Mario Benítez | Espaço cénico: Mateo Expósito | Iluminação: Lucía Montañés | Figurinos: Luisa Penco e Mª Jose Franco | Adereços: Taller Guirigai | Maquilhagem: Pepa Casado | Design gráfico: Jose Iglesias Gª-Arenal | Fotografias: Ceferino López | Gravação Sonora: Carlos Delgado

Teatro Guirigai
Teatro | 60 min | Para maiores de 12 anos
Umurso

Trigo Limpo - Teatro ACERT

Um Urso com poucos miolos

Álvaro Magalhães
Auditório do Teatro das Beiras
07 de novembro 2016
11H00
07 de novembro 2016
14H30

“Todas as pessoas têm um herói e o herói do Senhor Pina é o ursinho Puff, personagem do seu livro preferido: As aventura de Joanica Puff (de A. Milne)… Mas como é que um poeta com muitos miolos admirava um urso com poucos miolos? Só vendo, não é?”… Este espetáculo trata um bocadinho disso. A partir do livro de Álvaro Magalhães, O Senhor Pina, escrito em homenagem ao poeta Manuel António Pina, O Trigo Limpo teatro Acert criou um novo espetáculo que nos revela o autor Álvaro Magalhães e o homenageado Manuel António Pina através da relação criada entre as duas personagens: Urso e Senhor Pina. As duas personagens encerram em si dois mundos: o mundo dos adultos – complicado e cheio de responsabilidades – e o mundo das crianças – simples e desprovido de preconceitos. Desta diferença resultam diálogos e situações bem-humoradas que nos mostram uma nova forma de olhar o habitual, o quotidiano e, até, a poesia.

A partir do livro “O Senhor Pina”, de Álvaro Magalhães | Adaptação e Encenação: Raquel Costa | Assistência de encenação: Pompeu José | Interpretação: Raquel Costa e Pedro Sousa | Cenografia: Pompeu José e Zétavares | Desenho de luz: Luís Viegas | Desenho gráfico: Zétavares | Carpintaria: Carmosserra | Figurinos: Raquel Costa | Costureira: Sandra Rodrigues | Fotografia: Carlos Teles e Ricardo Chaves | Produção: Marta Costa | Apoio à produção: Rui Coimbra | Tesouraria e secretariado: Paula Pereira e Rui Vale

Trigo Limpo Teatro Acert
Teatro | 45 min | Para maiores de 3 anos
Mythos

Teatro Extremo

Mythos

Auditório do Teatro das Beiras
08 de novembro 2016
14H30

Uma conferência sobre a Mitologia. Este é o ponto de partida que leva três personagens a fazer uma “viagem” em tom de comédia, em demanda da curiosidade e da imaginação universal, glosando os mitos universais e urbanos para expor a condição humana na nossa sociedade contemporânea. O Teatro Extremo apresenta “Mythos”, um espetáculo de inspiração clownesca. Interpretado por Bibi Gomes, Fernando Jorge Lopes e Rui Cerveira, é uma criação original, com direção artística de Joseph Collard, clown belga co-fundador da companhia Les Funambules, que integra o elenco do espetáculo “Ovo” do Cirque du Soleil.

Direção Artística: Joseph Collard | Interpretação: Bibi Gomes, Fernando Jorge Lopes e Rui Cerveira | Cenografia: Teatro Extremo | Construção de Cenografia e Adereços: Daniel Verdades e Maria João Montenegro | Figurinos: Arminda Moisés Coelho | Desenho de Luz: Celestino Verdades | Sonoplastia: Fernando Jorge Lopes e Joseph Collard | Montagem da Sonoplastia: Sandro Esperança | Direção Técnica: Celestino Verdades

Teatro Extremo
Teatro | 75 min | Para maiores de 6 anos
Ailhadotesouro

Urze Teatro

A Ilha do Tesouro

Robert Louis Stevenson
Auditório do Teatro das Beiras
09 de novembro 2016
11H00
09 de novembro 2016
14H30

“A Ilha do Tesouro”, de Robert Louis Stevenson é provavelmente a maior referência do imaginário das histórias enigmáticas e misteriosas de piratas e tesouros outrora enterrados em longínquos territórios, como do desconhecido e da vastidão do mar. Esta extraordinária história é narrada pelo jovem Jim Hawkins, marcada pela chegada do velho Lobo-do-Mar à hospedaria dos seus pais, um marinheiro misterioso e de ar assustador. Um pirata que perdura no nosso imaginário coletivo, assobiando velhas cantigas acompanhadas de histórias envoltas em ambientes fantásticos e cenários surreais. Por entre as histórias contadas por aquele marinheiro de ar rude e o desenrolar das ações, o jovem Jim vê-se a bordo do navio Hispaniola, numa expedição agitada e repleta de aventura até à Ilha do Tesouro.

Texto original: Robert Louis Stevenson | Adaptação e encenação: Fábio Timor | Assistência de encenação: Glória de Sousa | Espaço cénico e cenografia: Fábio Timor e Glória de Sousa | Seleção musical: Glória de Sousa | Marioneta “Jim” e figurinos: Isabel Feliciano | Marioneta “Papagaio”: J. Freire | Interpretação: Fábio Timor

Urze Teatro
Teatro | 45 min | Para maiores de 6 anos
Wangari

Karlik Danza Teatro

Wangari la nina árbol

Itziar Pascual
Auditório do Teatro das Beiras
10 de novembro 2016
14H30

“Não há gestos pequenos” (Noam Chomsky) Uma guarda-florestal recusa-se a aceitar a derrota perante a paisagem calcinada por um incêndio florestal. Recorda a fábula que ouviu contar por Wangari Maathai – a Mulher-Árvore, a fábula do humilde colibri, que apesar do rigor das chamas do bosque continua levando no seu bico uma gota de água, porque faz o melhor que pode. Assim nos aproximamos de Nyeri, uma povoação Kikuyu no coração de África, sob a paisagem sagrada do Monte Kenia, onde a menina Wangari Maathai dá os seus primeiros passos, começa a descobrir a beleza da Terra e dos ciclos da vida e da morte. A menina Wangari devolve a esperança a quem, como a guarda-florestal, acredita no voo do colibri.

Direção: Cristina D. Silveira | Elenco: Cristina Pérez, Elena Lucas, Amedia David, Elena Sanchéz | Dramaturgia: Itziar Pascual | Espaço Cénico: Susana de Uña | Elementos cénicos e vestuário: Pablo Almeida e Gonzalo Buznego | Composição e produção musical: Seidú | Letra “Harambee”: Itziar Pascual | Vozes: Carola Abarzúa e Amaru Araya | Desenho de luz: Francisco Cordero | Criação vídeo e animação: Carlos Lucas | Ilustrações/Animações vídeo e desenho gráfico: Marcos Polo

Karlik Danza Teatro
Dança | 60 min | Para maiores de 6 anos
Justica

Companhia de Teatro de Braga

Justiça

Camilo Castello-Branco
Auditório do Teatro das Beiras
11 de novembro 2016
21H30

No contexto da obra camiliana a vertente dramática é a que tem merecido menos apreço da crítica literária, contudo, se analisarmos com atenção, veremos que aí estão as forças motrizes da produção novelística do Autor. O melodrama histórico; o melodrama burguês (onde se insere Justiça) e a comédia, dão nota cabal das preocupações éticas e filosóficas do autor, do seu modo de encarar o mundo e o país, os costumes e a realidade circundante, num contexto quase sempre autobiográfico. Em Justiça estamos num “olhar peculiar sobre a sociedade e os costumes. De um lado a utopia de uma sociedade que deveria nobiliar-se pela honra e pelo trabalho, a apologia do self-made man que, saído da pobreza, conquistará o seu espaço com probidade. Na trincheira oposta, os homens de mármore, corações empedernidos, adoradores do bezerro de ouro numa sociedade em que o homem era o lobo do homem. De um ângulo, o frémito social e tribunício espelhava as aspirações de uma classe em luta contra a aristocracia empobrecida e decadente, a viver a glória enferrujada de seus brasões. Do outro, o combate ao argentarismo sem entranhas do capital especulativo que visava impor a essa mesma burguesia, um modelo ético que a dignificasse”. Justiça, um dos pilares do estado de direito e tema central de análise sobre a qualidade da democracia na sociedade contemporânea.

Autor: Camilo Castello-Branco | Encenação: Rui Madeira | Elenco: André Laires, António Jorge, Carlos Feio, Eduarda Pinto, Jaime Monsanto, Rogério Boane e Solange Sá | Cenografia: João Dionísio | Figurinos: Manuela Bronze | Criação vídeo: Frederico Bustorff | Criação sonora: Pedro Pinto | Design gráfico e fotografia: Paulo Nogueira | Desenho de luz: Nilton Teixeira

Companhia de Teatro de Braga
Teatro | 90 min | Para maiores de 12 anos
Afera

Jangada Teatro

A Fera Amansada

William Shakespeare
Auditório do Teatro das Beiras
12 de novembro 2016
21H30

A Fera Amansada é uma das maiores e mais controversas cómicas batalhas do sexo. A farsa gira à volta do cortejar de Petruquio, um caçador de fortunas e Catarina, uma mulher temperamental e de pelo na venta. Inicialmente Catarina não se mostra interessada no namoro, mas Petruquio sedu-la com uma série de truques psicológicos – “a domesticação” – até ela se sentir impelida a casar com ele.

A partir de: William Shakespeare | Encenação: John Mowat | Interpretação: Luiz Oliveira, Rita Calatré e Vítor Fernandes | Música Original e Interpretação: Rui Souza | Desenho de luz: Fred Meireles e Fernando Oliveira

Jangada do Teatro
Comédia | 70 min | Para maiores de 12 anos