Em 2017 celebra-se o 100º aniversário das aparições de Fátima. Estas celebrações coincidem com 13º aniversário da Peripécia Teatro e a sua criação de 2017 será a 13ª produção. Os três pastorinhos são personagens da primeira criação desta companhia, estreada em Maio de 2004: “IBÉRIA - A Louca História de uma Península”. Tendo em conta estes sinais o espetáculo tem o título “13” e estreou em Maio de 2017 a 40 Km da Cova de Iria: Benedita, Concelho de Alcobaça. Dá para ir a pé.
O espetáculo “13” não segue uma linha narrativa próxima ao thriller bíblico, nem uma linha cómica sobre a fé paranormal. Também não segue uma linha satírica sobre o fanatismo milagreiro nem uma linha dramática sobre três crianças num Portugal profundo, em plena Primeira Grande Guerra, à procura do amor e da proteção que lhes faltou.
“13” é um nó cego entre todas estas linhas.
Criação e Interpretação: Ángel Fragua, Noelia Domínguez e Sérgio Agostinho
Iluminação: Paulo Neto
Produção executiva: Sara Casal
Co-Criação e Direção: José Carlos Garcia
Co-produção: Peripécia Teatro, Município de Alcobaça, Teatro do Avesso
Textos de: Peter Cann, Therese Collins e Abel Neves
Tradução: Graeme Pulleyn
Encenação: Steve Johnstone
Direção Musical: Simon Fraser
Interpretação: Abel Duarte, Eduardo Correia e Paulo Duarte
Cenografia e figurinos: Sandra Neves
Construção de Cenários: Carlos Cal
Desenho de Luz: Paulo Duarte
Assistência à construção de cenários e figurinos: Maria da Conceição Almeida
Direção de Produção: Paula Teixeira
Direção de Cena: Abel Duarte
Coprodução: Teatro do Montemuro e Teatro Nacional D. Maria II
AS CRIADAS, de Genet, encerram o ciclo Liberdade e Solidão, a que nos obrigamos desde 2013. Exatamente no ano em que perfaz 30 anos da sua morte. Ele que abordado sobre o problema do tempo, respondeu como Santo Agostinho “espero a Morte” e questionado sobre algum do seu teatro (As Criadas, Os Negros, A Varanda…) nos deixou dito:
“Estou-me nas tintas. Quis fazer peças de teatro. Cristalizar uma emoção teatral e dramática. Se as minhas peças servirem os negros, não me importa. De resto, não acredito nisso. Acho que a acção, a luta directa contra o colonialismo faz mais pelos negros que uma peça de teatro. Procurei fazer ouvir uma voz profunda que os negros e as demais criaturas não conseguiram fazer ouvir. Um crítico disse que “as criadas não falam assim”. Falam assim. Mas só comigo e à meia-noite. Se me disserem que os negros não falam assim, responderei que ouviremos mais ou menos aquilo se encostarmos o ouvido ao seu coração. Temos de saber ouvir o que não está formulado.”
Jean Genet
Autor: Jean Genet
Tradução: Eduardo Tolentino e Rui Madeira
Cenografia: Acácio de Carvalho
Dramaturgia e encenação: Rui Madeira
Assistente de encenação: Eduarda Filipa
Elenco: Sílvia Brito, Solange Sá, Mariana Reis
Figurinos: Manuela Bronze
Desenho de luz: Nilton Teixeira
A partir da obra: “mar me quer” de Mia Couto
Dramaturgia e Encenação: Pedro Carvalho
Interpretação: Flávio Hamilton, Pedro Carvalho, Neusa Fangueiro
Ilustração, Cenografia, Figurinos e Adereços: Sandra Neves
Desenho de Luz: Wilma Moutinho
Sonoplastia e Desenho de Som: Pedro Lima
Música: Rui Lima e Sérgio Martins
Assistente de Ensaios: Rui Leitão
Operação de Luz e Som: Daniela Pêgo e José Lopes
Vídeo e Fotografia de Cena: Leonel Ranção
Texto e Encenação: Luiz Oliveira
Interpretação: Luiz Oliveira, Rita Calatré e Vítor Fernandes
Música Original e Pianista: Rui Souza
Bonifrates e Figurinos: Susana Morais
Coreografia: Daniela Ferreira
Cenografia: Xico Alves
Desenho de Luz: FM e Fernando Oliveira
João nasceu num susto sem saber como. Enquanto se constrói, ganha a consciência de que é necessário fazer escolhas e de que existem regras para cumprir.
Vai para a escola para aprender e para descobrir quem é.
Aprende a ler, aprende a matemática, fica a saber que há coisas que não sabe, e que existirá um futuro onde nem sempre as coisas serão fáceis.
Depois vai viajar. DescobreR08;se mais um pouco, e descobre que o mundo é muito grande e nele vivem muitas e diferentes pessoas. E ele, tal como os outros, um dia crescerá, um dia terá uma profissão, um dia será uma parte transformadora da sociedade. Um dia será grande.
Criação coletiva
Encenação: Rui Ramos
Interpretação: Filipe Seixas e Marisela Terra
Adereços e construção marionetas: Coletivo
Cenografia: Ana Rodrigues e Ivan Castro
Fotografia:Baal17
Texto: Odete Ferreira
Encenação: Filipa Mesquita
Interpretação e música: Ricardo Falcão
Cenografia: Joana Domingos, Margarida Carreira e Filipa Mesquita
Marionetas: Margarida Carreira
Dramaturgia e direção: Agustín Iglesias
Intérpretes: Magda Gª-Arenal, Raúl Rodríguez, Jesús Peñas
Espaço cénico: Jean Helbing
Espaço plástico: Luis Pablo Gómez Vidales y Maite Álvarez
Espaço sonoro: Lucia Alvarado
Iluminação: Jordi Alvarado
Música de: Granados, Gershwin, Shostakovich, Nino Rota, John Cage y Penderecki
Técnico: Jose Mª Mato
Produção: Magda Gª-Arenal
A Ilha dos Escravos faz do palco uma ilha utópica, uma sociedade em conformidade com a razão, um modelo imaginário onde uma sábia legislação contraria as injustiças das sociedades reais. O género disseminou-se no ocidente na esteia da Utopia de Thomas More (1516), a sua popularidade não parou de crescer e o tema marcará o século das Luzes, a começar desde logo no jovem Marivaux.
Uma ilha, uma tempestade, um naufrágio: ingredientes clássicos da viagem utópica. Marivaux opta adicionar aqui, a distância do tempo, reportando a acção para a Antiguidade.
Ificrato e Eufrosina, acompanhados dos seus criados, Arlequim e Cleanta, naufragam numa ilha que é um refúgio de escravos gregos. Trivelino, governador da ilha, propõe aos dois criados que assumam o papel de seus patrões, a fim de os corrigir do pecado do orgulho e da vaidade. Em suma, “um curso de humanidade” com o intuito de os tornar sensíveis à dor que infligiram sobre os seus criados. Os antigos patrões serão convertidos em escravos com vista ao seu arrependimento para assim recuperarem a liberdade.
Arlequim e Cleanta representam os seus papéis com brio pondo à prova os nervos dos seus amos, agora “escravos”. E como justamente sublinhou Bernard Dort, “a prova do outro transforma-se inevitavelmente numa prova a si próprio, os novos “amos” terão também muito a aprender”.
Para Marivaux o tratamento terapêutico passa então por uma cura pela acção. Os viajantes observadores de um mundo transformado, tornam-se os actores da sua própria transformação. A viagem consiste em olhar para si próprio e romper véus e máscaras para chegar ao Homem: a salvação não vem da razão do legislador, mas do bater do coração, para que os homens se tratem como homens, apesar de sua inevitável desigualdade.
Guitarra: João Espadinha
Trompete: Luís Cunha
Piano: Óscar Graça
Contrabaixo: Ricardo Marques
Bateria: João Pereira