O ciclo "e agora abril" inicia com a exposição "A Censura ao Teatro".
Pode ser visitada de 10 de abril a 7 de maio, no Foyer do Teatro das Beiras.
Horário: de 2ª a 6ª feira, das 10h às 13h e das 14h30 às 18h
Co-apresentação: Companhia de Teatro de Almada / Arquivo Ephemera
Documentação: José Pacheco Pereira e Rita Maltez
Cenografia / Instalação: José Manuel Castanheira
Pesquisa e textos: Guilherme Filipe
Sobre a exposição:
A Censura foi talvez a mais eficaz arma do regime da ditadura, cujos efeitos ainda hoje sentimos. Muito mais do que a subversão do “político”, o que a Censura protegia era o poder, todas as hierarquias que dele emanavam, exigindo, mais do que respeito, “respeitinho”. Em 48 anos, em que não houve um único dia sem Censura, foi este o seu legado.
O teatro foi um dos muitos objectos da actividade censória. Debruçamo-nos sobre o caso da peça Deus lhe pague, do dramaturgo brasileiro Joracy Camargo (1898-1973), que, tendo sido “aprovada”, sofreu ainda assim uma tal quantidade de cortes que tornavam a sua representação um verdadeiro desafio. O Arquivo Ephemera possui o exemplar “autorizado” — em que assenta esta exposição —, no qual é possível verificar os cortes dos censores e compreender a mentalidade e os objectivos de quem cortava, mesmo aprovando.
A Censura ao Teatro é uma exposição concebida pela Companhia de Teatro de Almada e pelo Arquivo Ephemera para o Teatro Municipal Joaquim Benite.